O ex-presidente da Petrobrás na era FHC, Henri Philippe Reichstul, foi nomeado conselheiro para a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, instalada pelo governo no último dia 11. Reichstul, que fez de tudo para privatizar a Petrobrás, agora está ao lado de figuras como Jorge Gerdau, Abílio Diniz e Antônio Maciel Neto, fãs do neoliberalismo.
Dilma, que em sua campanha para a presidência, retomou uma bandeira antiga do partido, defendendo as estatais contra as privatizações, fantasmas do governo tucano, aceita, em um ato de hipocrisia, Henri Philippe Reichstul, o mesmo que tentou mudar o nome da empresa para Petrobrax, orquestrando sua privatização.
Em sua candidatura, Dilma dizia claramente que não se deve privatizar Petrobrás, Eletrobrás nem nenhuma outra empresa, insistindo no legado de Lula e na necessidade de preservá-lo, explicando que sua única diferença era o fato de ser mulher. Hoje como presidente, Dilma deixa as promessas de campanha de lado, permitindo Reichstul ser conselheiro de seu Governo.
Como presidente da Petrobrás, Reichstul, entre 1999 e 2001, provocou a morte de 76 petroleiros em acidentes de trabalho; 29 grandes acidentes ambientais, entre eles os vazamentos na Baía de Guanabara e no Paraná; o afundamento da P-36, causando a morte de 11 trabalhadores.
Então Reichstul disseminou a necessidade de privatização da estatal, para só assim, resolver os problemas tornando-a uma grande empresa. Fato que comprovou não ser verídico, pois a mais recente conquista da Petrobrás é o status de marca mais valiosa da América Latina.
O Sindipetro-LP repudia veemente a participação de Henri Reichstul em um órgão de aconselhamento presidencial. Não devemos permitir um retrocesso nas lutas dos petroleiros, lutas estas que impediram a concretização da privatização na Petrobrás.