Meio ambiente: Gasoduto da Petrobrás não tem licença para operar

A Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental) informou que está acompanhando semanalmente as obras do gasoduto da Petrobras, o Gasan 2. A petrolífera, conforme a companhia, já cometeu deslizes quanto aos cuidados com o meio ambiente, porém, até o momento todas as determinações estão sendo cumpridas.

"Após as obras terminarem, técnicos da Cetesb vão a campo averiguar se todas as determinações foram cumpridas. Somente com essa confirmação podemos emitir a licença para operação", disse a diretora de tecnologia, qualidade e meio ambiente da Cetesb, Ana Cristina Pasini.

Na semana passada, o Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) discutiu o avanço do gasoduto. "A Gasan promoveu devastação por onde passou. Se o Estado não tomar uma atitude, vamos pedir que sejam rediscutidas as compensações ambientais", disse o presidente do MDV (Movimento Defesa da Vida), Virgilio Alcides de Farias, que acompanhou a sessão do conselho.

O ambientalista não concorda com a devastação de mais de 38 quilômetros de Mata Atlântica. "É um absurdo o que está acontecendo, e as prefeituras têm feito pouco para garantir as compensações", opinou.

A diretora da Cetesb explicou que as empreiteiras contratadas para o Gasan já deixaram de cumprir os cuidados necessários. Um exemplo citado por Ana foi o assoreamento no Ribeirão da Estiva, em Rio Grande da Serra. O fato aconteceu em fevereiro, conforme o Diário noticiou. "Pedimos à empresa que fizesse a recuperação do local, adequasse taludes e estabilizasse a área. Em vistoria técnica, semana passada, identificamos que as medidas estão sendo cumpridas", garantiu Ana.

A previsão oficial da Petrobras é que o Gasan 2 seja concluído em junho.

Fonte: Diário do Grande ABC