O atrelamento da CUT ao Governo e da fup à Petrobrás está longe de ser um discurso fantasioso, usado com fins eleitorais. É, infelizmente, um exemplo concreto da degeneração dessas entidades.
Prova disso é a ajudinha amiga e generosa que a Petrobrás dará para a festa do 1º de maio organizada pela CUT/fup para premiar o público com carros e apartamentos, além da realização de shows com artistas globais por preços nada convidativos. A companhia, para ajudar a pagar a fatura, irá liberar para CUT/fup nada menos do que R$ 300 mil. A informação é da Folha de S. Paulo (leia matéria completa).
O mesmo valor foi liberado para a festa da Força Sindical, realizada com a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central (NSCT) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Só no ano passado, foram destinados R$200 mil para a CUT, R$200 mil para a Força Sindical e R$100 mil para a comemoração do dia do trabalhador organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Notícias como essa servem para entender a atuação nada combativa da fup nas negociações de ACT e o porquê de nenhuma dessas entidades, seja CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, NSCT ou UGT, terem manifestado qualquer apoio à greve de 23 dias encampada pelos petroleiros do Litoral Paulista.
Não é à toa a venda de direitos realizada pelas federações que, em vez de resgatar o significado de luta e resistência do Dia do Trabalhador, transformam esta data no espelho da degenaração dos seus dirigentes.
Em troca de cargos gerenciais nas empresas e postos de confiança em ministérios, vale tudo. Inclusive, transformar-se em correias de transmissão dos interesses dos patrões.