Ao contrário do que insinua a UO-BS, que desde o início do movimento dissimula surpresa quanto às razões que culminaram na deflagração da greve, as motivações dos trabalhadores da UTGCA para suspenderem suas atividades são antigas e mais do que anunciadas.
As inúmeras irregularidades e problemas que recheiam a pauta de reivindicações do movimento já haviam sido denunciadas pelos trabalhadores da UTGCA na mobilização do dia 23 de novembro do ano passado.
Na ocasião, após o protesto, os trabalhadores apresentaram ao GG as irregularidades existentes e, diante disso, ele solicitou que as equipes de Manutenção e Operação elaborassem um relatório completo sobre os problemas.
Entretanto, em contrapartida, os Gerentes Imediatos de Manutenção e Operação atropelaram o processo, dando outra ordem: que o relatório fosse apresentado, mas da seguinte maneira:
1º - as equipes de manutenção e operação apresentariam os relatórios para seus 04 supervisores e 05 supervisores, respectivamente (MI e OP)
2º - supervisores de manutenção e operação fariam um filtro e passariam para o Gerente de Manutenção e Operação Imediato
3º - Gerente de Manutenção e Operação Imediato fariam um filtro e passariam para os Coordenadores de Comissionamento;
4º - Coordenadores de Comissionamento fariam um filtro e passariam para o Gerente de Ativo;
5º - o Gerente de Ativo faria um filtro e passaria para o Gerente Geral;
6º - O GG analisaria e levaria o caso para solução.
No entanto, após tantos filtros, ou melhor, tantas maquiagens realizadas, pode-se constatar que o relatório foi totalmente distorcido pelos inúmeros gerentes da unidade. Ou seja, no mínimo, o GG foi enganado e/ou prejudicado pelos filtros realizados.