Três funcionários da Petrobras e oito policiais civis de São Paulo, entre eles o ex-delegado-geral Maurício Freire, foram denunciados pela Promotoria sob acusação de violar o sigilo criminal de milhares de pessoas.
A acusação é baseada em investigação da Corregedoria da Polícia Civil. Segundo ela, por pelo menos dez anos, policiais da Divisão de Capturas quebraram --a pedido da Petrobras-- o sigilo de pessoas que tentaram trabalhar na estatal ou em subsidiárias.
À estatal, eram repassadas fichas com todos os processos ou inquéritos dos últimos 40 anos contra o candidato, mesmo nos casos de absolvição ou arquivamento. Em troca, a estatal dava material de escritório e brindes aos policiais, além de passagens aéreas supostamente usadas para transferir presos de outros Estados.
Freire, por meio da assessoria de imprensa do Deic, disse que não poderia comentar o assunto porque não teve conhecimento do teor das acusações.
A Petrobras disse manter a posição de não entender como irregular a ação. "Especialistas em direito já deram declarações públicas nesse sentido. O levantamento, como já explicado anteriormente, consta inclusive dos editais dos processos seletivos públicos", diz nota.
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Fonte: Folha de S. Paulo