Dia Nacional de Lutas reúne trabalhadores em manifestação

Trabalhadores e trabalhadoras saíram às ruas do país ontem, dia 30, em ato nacional contra a transferência da crise econômica mundial para o colo dos desfavorecidos, sobretudo a classe trabalhadora. Em São Paulo milhares de manifestantes se concentraram na porta da FIESP, na Avenida Paulista, lutando contra as demissões, pela manutenção e ampliação de direitos, pela redução dos juros, redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, em defesa do emprego e pela reforma agrária.Da porta da FIESP a manifestação seguiu para o Banco Central, descendo a Consolação e terminando o trajeto na Praça Ramos. O ato foi organizado por todas as centrais sindicais (Intersindical, Conlutas, CTB, CUT, CGTB, CGT, UGT, NCST e Força Sindical), entidades estudantis (UNE, DCE´s e CA´s), MST, MTST, MTL, Pastorais Sociais, movimentos populares e partidos políticos, como o PSOL, PSTU e PCdoB.Os dados apontam que de novembro para cá ocorreram mais de 800 mil demissões, queda no consumo das famílias e retração nos investimentos das empresas. Todos os setores da economia foram atingidos pela crise, motivando uma queda de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.Até agora o governo brasileiro só tomou medidas paleativas na defesa dos trabalhadores. Sem editar nenhuma Medida Provisória (MP) impedindo as demissões, principalmente em empresas que receberam recursos públicos, fruto de MP editada a favor dos empresários. Ao contrário, baixou medidas de mais uma parcela do 13º salário, criou mais duas parcelas para o seguro desemprego em algumas categorias de trabalho. Contudo, nenhuma medida objetiva para barrar as demissões.A manifestação de ontem foi o começo de um vindouro estalar de consciências da classe trabalhadora. Sobretudo, rearticular os movimentos sociais, dentre outros o sindical, para fortalecer novas alternativas de transformação social e emancipação do povo e dos trabalhadores.