Há um ano, desde a assinatura do ACT 2009, a Petrobrás vem comprometendo-se em realizar as reuniões das Comissões, como por exemplo, de ACT, AMS e SMS, cláusulas 130, 46 e 97, respectivamente. As reuniões possuem periodicidade bimestral e tem por objetivo solucionar os problemas existentes nas unidades.Ocorreram reuniões em que a companhia reagendou datas, corrigiu problemas nacionais em algumas regiões, vem prometendo análises e não dá resolução. As cinco mortes já ocasionadas neste ano em todo Sistema Petrobrás, sendo quatro terceirizados; as irregularidades encontradas nas Plataformas P-33 e P-35 na Bacia de Campos comprovam a urgência de soluções.Não demorou muito tempo para que as comissões se transformassem em mais uma ferramenta da empresa para enrolar o trabalhador. Além disso, cumpre um papel estratégico: colaborar no objetivo da empresa de cumprir as metas estabelecidas pelo mercado internacional e, dessa forma, ser considerada referência nos quesitos responsabilidade social e segurança.A discussão sobre SMS, item 3 da 2ª contraproposta, será mais um conto da carochinha? A empresa não orienta a comunidade dando cursos de hidropônica, tratamento de água contaminada e sistemas para coletar a água da chuva porque acredita que isto fará com que a população se lembre de que ela é a responsável pela contaminação. A Petrobrás está transmitindo uma imagem que não corresponde à sua realidade.Ao congelar o salário da ativa ela tenta dar o peixe ao invés da vara para pescar, pois pagará creches e direcionará cursos em universidades, impedindo que o petroleiro tenha a responsabilidade social de verificar a idoneidade, a moral e a ética de tais instituições. E ao desvincular o salário dos aposentados ignora que os Estatutos do Idoso, o da Criança e do Adolescente podem gerar impactos monetários tal como os cursos para a 3ª idade.A cortina de vidro que cobre a empresa não é suficiente para esconder suas verdadeiras intenções: enganar seus trabalhadores com a questão da responsabilidade social para dividir a categoria.
