Contraproposta da Petrobrás é rejeitada por unanimidade

Na última terça-feira (24/08), em Assembleia Geral, a categoria do Sindipetro-LP rejeitou por unanimidade a contraproposta da Petrobrás - apresentada pela empresa no última  dia 11 de agosto, no Rio de Janeiro.

Tanto na sede, em Santos, quanto na sub-sede, em São Sebastião, a "oferta" da empresa foi recusada por unanimidade. No total, mais de 200 petroleiros participaram das deliberações e propostas feitas durante a Assembleia.

O resultado é um reflexo da alta insatisfação entre os petroleiros de todo País, que desde setembro de 1994  sofrem com a política de arrocho salarial implantada pela empresa. Dimensionadas pelo ICV do DIEESE as perdas batem 29%, não por acaso o mesmo percentual que a alta cúpula resolveu dar a si mesma de aumento salarial.

Enquanto outras categorias conseguem reajustes reais que superam os 15%, a Petrobrás continua impondo goela abaixo aumento real zero, ao mesmo tempo em que intensifica sua tentativa de quebrar a unidade da categoria. O abono de R$ 90 milhões é o exemplo mais gritante desta postura nefasta e calculista, aplicada através de instrumentos como  a concessão de remunerações variáveis e de distribuição de letras.

O recado está dado. Enquanto não houver uma proposta justa, proporcional ao patrimônio da Petrobrás, não iremos avançar nas negociações. Durante a assembleia, além da rejeição à contraproposta da empresa, foram aprovadas paralisações de duas horas nas bases do Sindipetro-LP até sexta-feira (27/08).

Na segunda-feira (30/08) haverá a 2ª rodada de negociações com a empresa. A nossa posição está clara. Se  a Petrobrás não apresentar uma proposta séria, que contemple nossas reivindicações, vamos endurecer.