No último dia 11 de agosto, o jornal Folha de S. Paulo publicou (em versão impressa e eletrônica) matéria intitulada `Plataforma da Petrobras tem princípio de incêndio´, em que relata o incidente na P-35, na Bacia de Campos.
Buscando informações sobre possíveis problemas semelhantes nas plataformas de Mexilhão e Merluza, o veículo entrou em contato com um dos diretores do Sindipetro-LP. Questionado, o diretor externou preocupações do Sindicato, já abordadas em reuniões com a UO-BS. Questões que abrangem desde condições de trabalho, passando pelos acidentes de trabalho, pela melhoria na política de segurança até melhoria na infra-estrutura.
A entrevista, concedida por telefone, foi reduzida a um único parágrafo da reportagem e sob forma de aspas. "A capacidade é para cem pessoas, e eles estão colocando 200 lá dentro. Tem trabalhador que não dorme mais na plataforma, mas, sim, em navios", diz o trecho.
Para que não haja interpretações equivocadas ou até mesmo qualquer sentimento de pânico nas famílias dos petroleiros embarcados, o Sindipetro-LP esclarece que as condições de trabalho na Plataforma de Mexilhão são distintas daquelas encontradas nas plataformas P-33 e P-35. Até porque a plataforma ainda não está em plena operação, dado omitido no texto.
Nossa cobrança é de que a infra-estrutura da plataforma (como dormitórios e refeitório) seja capaz de atender a quantidade de trabalhadores embarcados. Estamos atentos e exigimos o cumprimento das normas de segurança, mas não insinuamos, por exemplo, que Mexilhão deve ser interditada ou que possui os mesmos problemas identificados nas plataformas da Bacia de Campos.
Respeitamos o trabalho jornalístico desempenhado pela Folha, mas entendemos que usada fora de contexto a frase cria uma similaridade entre as plataformas que de fato não existe. Esta é a principal razão pela qual se faz necessário este esclarecimento.
O Sindipetro-LP não se furta do seu papel de fiscalizar e denunciar as irregularidades cometidas pela empresa. No entanto, este trabalho requer responsabilidade e deve ser sustentado em dois princípios básicos: apuração dos fatos e transparência. É dessa forma que conquistamos nossos direitos.