Sindicato cobra sobreaviso, VA/VR, valorização profissional, apoio a contratados e outras demandas 

Em reunião com gerente geral

Na última sexta-feira (11), o Sindipetro-LP reuniu-se com o gerente geral da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) e outros gestores para discutir questões que afetam os trabalhadores, incluindo problemas com uma empresa terceirizada, transporte de turno, sobreaviso, transferências e temas relacionados ao VA/VR, além da valorização dos profissionais de manutenção.

A diretoria, representada por Adaedson Costa, Eberton Masuzzo e o coordenador geral Márcio André, destacou a necessidade urgente de valorização dos profissionais do setor administrativo e da manutenção, já que muitos estão buscando transferência para áreas operacionais ou outras oportunidades devido à falta de reconhecimento por parte da empresa.

Em relação ao sobreaviso, os trabalhadores solicitaram a extensão do regime para todos os dias da semana, prática já adotada em outras bases da Petrobrás. Atualmente, esse regime é limitado a profissionais de nível médio, excluindo os de nível superior. A reivindicação é por isonomia, para que o sobreaviso seja oferecido de forma igualitária, contribuindo para um ambiente laboral mais saudável. A gerência informou que a questão será analisada para entender os motivos que levaram outras bases, como a Regap (Refinaria Gabriel Passos), a implementarem o regime.

O Sindipetro-LP também propôs que os profissionais de manutenção possam participar das paradas offshore, como oportunidade de adquirir experiência e crescimento profissional. A gerência comprometeu-se a avaliar essa possibilidade, o que, segundo os trabalhadores, contribuiria para um ambiente laboral mais justo, já que há a percepção de que movimentações de pessoal no Sistema Petrobrás são usadas para favorecer ou prejudicar determinados profissionais.

As transferências de profissionais por motivos de saúde, questões familiares ou busca de melhores oportunidades também foram abordadas. A gerência informou que essas transferências devem ser inicialmente discutidas com o G1 da manutenção e, se necessário, com o próprio gerente geral. A gestão ressaltou que a prioridade é manter a operacionalidade da planta, o que torna o tema complexo e, por vezes, demorado. No entanto, sinalizou que os casos mais urgentes já estão sendo tratados.

Sobre o VA/VR, o gerente geral foi informado sobre as conversas do Sindipetro-LP com a Diretoria e Gerência Executiva do Refino, que mencionaram a elaboração de uma minuta pelo RH para implementação nas bases. O gerente afirmou que aguarda orientações da Sede para avançar no tema, pois a refinaria poderá ser consultada sobre o modelo de alimentação, embora ainda não haja uma data definida.

Quanto ao transporte de trabalhadores que residem fora da microrregião, a gerência informou estar buscando soluções em conjunto com o setor compartilhado e se comprometeu a repassar as novidades ao sindicato nas reuniões periódicas.

A situação dos trabalhadores e trabalhadoras de uma empresa terceirizada que presta serviços na refinaria e que seus empregados e empregadas entraram em greve recentemente, reivindicando melhores salários e o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicato de Asseio e Conservação (Sindilimpeza), também foi amplamente discutida. A empresa terceirizada foi acusada de pagar o menor piso salarial do Polo Industrial de Cubatão, desrespeitar a última atualização da Convenção e tentar forçar a adesão dos funcionários a outro sindicato. Durante a greve, a empresa também foi acusada de exigir que mais funcionários trabalhassem além do efetivo mínimo determinado judicialmente. O Sindipetro-LP expressou apoio ao movimento e destacou sua legitimidade. A gestão da Petrobrás acompanhou a greve e informou que possíveis ilegalidades ou descumprimentos contratuais estão em avaliação, com a expectativa de melhorias significativas nos contratos dos serviços envolvidos.

O Sindipetro-LP também informou que alguns trabalhadores grevistas foram advertidos, suspensos ou até demitidos, violando o direito de greve. A Petrobrás solicitou ao sindicato documentos comprobatórios para tomar as providências cabíveis.

Por fim, o sindicato enfatizou a responsabilidade direta da Petrobrás na gestão das contratações, que priorizam o lucro em detrimento de uma gestão justa. Exigiu que a empresa investigue com mais rigor as empresas terceirizadas que contrata. O gerente geral, que estará ausente por duas semanas em viagem de trabalho, comprometeu-se a dar retorno sobre as demandas assim que retornar.