Outubro de Luta: A Memória Viva da Greve Vitoriosa de 2015 que reuniu trabalhadores de ponta a ponta

União e luta

Outubro é o mês que faz nós lembrarmos de uma luta que marcou a nossa história. Já faz 9 anos que, em 2015, fizemos uma das maiores greves que esse país já viu. Foram 23 dias de resistência nas bases da FNP, a segunda grande greve que uniu os petroleiros de todo o Brasil. E olha, não foi pouca coisa, não. Nós mostramos nossa força, juntos, de um jeito que fez o país inteiro escutar.

Foi uma greve enorme, e não só pelos números ou por ter parado a produção. Foi vitoriosa porque conseguiu reunir trabalhadores de ponta a ponta, até coordenadores e supervisores. E mais ainda: mesmo no meio de uma crise econômica e política danada, conseguimos segurar as mudanças no nosso ACT e ainda colocar em evidência no país um debate importante sobre uma Petrobrás 100% Estatal. 

Quem viveu, sabe: a empresa tentou de tudo pra desmontar nossos direitos. Queriam mexer no aumento, cortar os auxílios, tirar nosso Benefício Farmácia, mudar nossas horas extras e enfiar um pacote de maldades goela abaixo da categoria. Mas a categoria petroleira não deixou barato e foi para cima!

Aqueles 23 dias foram de muita luta, pressão e assédio, mas ninguém "arredou o pé". As unidades do Litoral Paulista estavam todas na luta: uma adesão quase total, com 100% nos turnos e 80% no ADM. Até no Edisa Valongo, em Santos, o pessoal teve uma participação que deu orgulho.

No Tebar, a produção caiu a 20%, e supervisores e coordenadores entraram na greve, algo que foi histórico.  Na UTGCA, bloqueamos o carregamento de C5+ e GLP, e tivemos o apoio de um grevista muito especial: o fiel Peleguinho, nosso mascote, que, com seu espírito indomável, caminhou ao nosso lado os 23 dias de greve e ficou conosco no piquete. Infelizmente não poderá comemorar a data porque nos deixou no dia 22 de setembro. 

Os operadores do Terminal da Alemoa foram os primeiros a entregar a unidade ao grupo de contingência, e isso foi só o começo. No Terminal Pilões, o pessoal resistiu à pressão da gerência e foi se fortalecendo a cada dia. E na RPBC, a produção caiu mais de 50%, mostrando que a nossa luta não era brincadeira.

Hoje, quando nós olhamos pra trás, bate aquele orgulho. A greve de 2015 foi mais do que só uma luta – foi a prova de que, juntos, nós podemos tudo. Outubro é o mês de lembrar que, quando nós nos unimos, não tem retrocesso que nos pare. A Petrobrás é nossa, queremos ela 100% Estatal, e a nossa luta continua viva, brilhando como uma chama que nunca se apaga.