Lockout na RPBC: Chantagem da gestão bolsonarista é derrotada pelos petroleiros do Litoral Paulista

Pagamento dos dias parados na greve 2022

Nesta quarta-feira (24), o jurídico do Sindipetro-LP esteve presente na audiência referente à ação de cumprimento de dissídio coletivo, movida pelo sindicato, que visava reconhecer o lockout praticado pela Petrobrás durante a greve de 2022. Na audiência de dissídio coletivo, a justiça reconheceu o lockout e, como consequência, os trabalhadores que tiveram descontos nos dias de greve receberão o pagamento desses dias. A empresa apresentou uma lista com 64 nomes de trabalhadores que sofreram esses descontos. Diante dessa listagem, o Sindipetro-LP solicita que os petroleiros da refinaria que tiveram descontos dos dias parados entrem em contato com o sindicato pelo whatsapp (13) 99141-0883, encaminhando o relatório de frequência (registro de ponto) do mês 7 (julho) de 2022 e contra cheque do mês 8 (agosto) do mesmo ano, para que o jurídico verifique se estão contemplados na lista fornecida pela empresa. 

Outro ponto importante da audiência foi a decisão pelo afastamento dos representantes da Petrobrás envolvidos no lockout, que impediram a entrada dos trabalhadores. Diante da defesa da Petrobrás, que pretende proteger seus dirigentes e evitar a cobrança dos dias parados, o jurídico do sindicato terá agora prazo para se manifestar. O foco será reforçar a necessidade do pagamento dos dias parados e, mais importante, garantir mais equilíbrio nas lutas dos trabalhadores, buscando a punição dos agentes da empresa que praticaram o lockout, solicitando que sejam afastados.

Essa vitória era esperada pela categoria, que após longos anos sob ataque e assédio de gestões privatistas, aguardava que finalmente os gestores entreguistas, aliados ao bolsonarismo, fossem responsabilizados pelos prejuízos causados à empresa e ao país. Na época do caso em questão, a Petrobrás se recusou a negociar a tabela de turno com os trabalhadores, optando por impor um esquema de turno de 3x2, o que levou os petroleiros a iniciarem uma greve diferente de todas já realizadas, em que a deliberação da categoria era assumir o turno, mas seguindo o que decidiram em assembleia, mantendo a tabela do turno de 8 horas. A gestão da refinaria, porém, impediu a entrada dos trabalhadores, suspendendo seus crachás e trancando os portões com cadeados.

Parabenizamos os petroleiros da RPBC e UTE, que lutaram bravamente e resistiram mobilizados, defendendo seus direitos e a Petrobrás!