Sindipetro-LP cobra melhorias urgentes contra exposição a agentes nocivos no laboratório e de contratados da RPBC

Em reunião com o SMS Local da RPBC

Na terça-feira (18), O diretor Eberton Massuzo, representando a diretoria do Sindipetro-LP se reuniu com o SMS Local da RPBC para discutir pontos importantes relativos ao monitoramento ambiental e à segurança dos trabalhadores da refinaria. O Sindicato havia enviado questionamentos para pautar a reunião, destacando os problemas que seguem:

Acesso aos dados de Monitoramento Ambiental de Benzeno
A diretoria do Sindipetro-LP cobrou a disponibilização de acesso aos dados de monitoramento ambiental de benzeno da RPBC. Atualmente, embora os dados sejam gerados online, o acesso ao histórico desses dados não está disponível. O SMS informou que a RPBC enfrenta problemas de armazenamento de informações devido à troca de servidor. No entanto, os relatórios estão guardados e serão apresentados à CIPA, com o sindicato sendo convidado para revisar esses relatórios.

Problemas com emanações de benzeno
A empresa reconheceu a presença de emanações de benzeno no laboratório, o que motivou a formação de uma comissão envolvendo membros da CIPA, do laboratório e diretores de base do sindicato, que investigará as origens dessas emanações. O sindicato reforçou a importância de resolver esses vazamentos, dado o histórico do laboratório que indica frequentes alarmes de benzeno, e a exposição prolongada, mesmo a baixos níveis, pode acarretar adoecimento, conforme estudos brasileiros e internacionais.

Revisão do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) – Unidade de Destilação
O Sindicato questionou a empresa sobre a divergência nas Análises Preliminares de Risco para Higiene Ocupacional (APR-HO) de 2023/24. As APR-HO atuais baseiam-se em entrevistas de 2021 e não contemplam todos os agentes ambientais. A empresa prometeu iniciar uma nova rodada de APR-HO, envolvendo a CIPA e todos os trabalhadores da unidade de destilação. Os trabalhadores serão entrevistados sobre os riscos que percebem, como benzeno, riscos ergonômicos, ruído, vibração, etc. Esses riscos serão avaliados por perícias, que também identificarão agentes não mencionados por falta de conhecimento técnico. 

Almoço dos caminhoneiros contratados
Outro ponto discutido foi o almoço dos caminhoneiros contratados. O sindicato destacou os riscos associados à permanência prolongada dos motoristas nas áreas operacionais, pressionando a empresa para diminuir o tempo de liberação de carga de descarga, e com reduzir o tempo de exposição desses trabalhadores. Além disso, o sindicato levantou preocupações sobre a falta de espaço para esses profissionais se alimentarem na unidade, pois devido a morosidade na liberação da carga e descarga de suprimentos, muitos acabam ficando sem encontram muitas opções para se alimentarem nas proximidades. 
A empresa descarta a possibilidade de abrir os restaurantes para esses trabalhadores, pois devido à rotatividade alta dos caminhoneiros e à burocracia envolvida em permitir seu acesso ao refeitório, essa proposta não seria viável. No entantoa, a empresa se comprometeu a melhorar a logística para que os caminhoneiros tenham seu horário de almoço resguardado, respeitando seu horário de descanso, e visto que recebem VA/VR, poderem se deslocar a um restaurante mais próximo.

Para a diretoria, diminuir a exposição dos trabalhadores a exposição a agentes nocivos foi o ponto central da reunião e evidencia problemas antigos, que há tempos a empresa tem conhecimento, mas até hoje não resolveu.

Seguimos cobrando soluções urgentes.