Diretoria do Sindipetro-LP participa de curso que aborda temas como economia do petróleo e oratória

Formação

A nova Diretoria do Sindipetro-LP participou na última semana, do curso de formação sindical, que foi separado em módulos.

A capacitação ofereceu a oportunidade de aprimorar habilidades e conhecimentos para a atuação sindical junto à categoria e à gestão da empresa. As atividades foram separadas em módulos, abordando: “Economia do Petróleo”, com aula ministrada por Eric Gil Dantas, pesquisador do IBEPS; “Atuação Sindical no Campo da Saúde do Trabalhador”, por José Jackson Marçal Filho, pesquisador da Fundacentro; “Liderança: um enfoque do ponto de vista dos trabalhadores”, com Cacau Pereira, pesquisador do IBEPS; "Saúde Mental e Trabalho na Indústria de Petróleo e Gás", com a Dra. Luciana Gomes, pesquisadora da Fiocruz; “Mesa de Negociação", com Adaedson Costa, secretário geral da FNP; "Comunicação Sindical"; com Leandro Olímpio, ex-assessor de imprensa do Sindipetro-LP; "Comunicação Não-Violenta", com Duda Duarte, da Cidadania 382, embaixadora do Politize!; e “Curso de Oratória Sindical”, ministrado por Regina Moreira, pós-graduada em psicodrama organizacional.

O módulo de Economia do Petróleo, realizado na quarta-feira (12), teve como objetivo fornecer aos novos dirigentes uma base para discussões econômicas sobre o setor. O curso abordou a importância econômica da energia em geral e as particularidades das empresas de energia, destacando o futuro do setor do petróleo. Foram discutidos também aspectos macroeconômicos da energia, a matriz energética mundial, o alto risco do setor e a importância de uma empresa verticalizada e integrada como a Petrobrás, entre outros assuntos.

Na quinta-feira (13) a pesquisadora da Fiocruz, Dra. Luciana Gomes, falou sobre os desafios em relação à saúde mental e às condições de trabalho, principalmente na Petrobrás. O trabalho da Dra. Luciana, que tem dentre suas fontes, petroleiros próprios do Sistema Petrobrás, destaca várias tendências de precarização e intensificação do Trabalho, que resultam em danos físicos e psíquicos para os trabalhadores. 

Luciana falou também sobre Discriminação e Assédio, em que as principais vítimas são mulheres e minorias que enfrentam discriminações de gênero, raça, idade e orientação sexual. O assédio moral institucionalizado também é uma preocupação no sistema Petrobrás, com práticas que incluem sobrecarga de trabalho, isolamento e pressão excessiva, afetando gravemente a saúde mental dos trabalhadores.

Como forma de enfrentar esses desafios, Luciana destaca a necessidade de suporte psicológico e físico adequado, promovido pela empresa, com pressão da categoria e sindicato para criação de políticas de enfrentamento ao problema. Também é preciso fomentar a solidariedade entre trabalhadores e implementar programas de conscientização sobre a saúde mental e os impactos da discriminação e do assédio são medidas fundamentais para melhorar o ambiente de trabalho na indústria de petróleo e gás.

No terceiro dia do curso de formação, na sexta-feira (14) começou com palestra sobre "Mesa de Negociação", conduzida por Adaedson Costa, secretário geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Dentre os assuntos, Adaedson falou sobre a importância de uma postura respeitosa, que inspire credibilidade, mas firme na mesa de negociação. Adaedson também explicou sobre técnicas e estratégias para condução das negociações, visando o melhor resultado para a categoria.

Na continuidade das atividades, Leandro Olímpio, ex-assessor de imprensa do Sindipetro-LP, falou sobre "Comunicação Sindical",  destacando as ações do sindicato e do Observatório Social do Petróleo,  que deram certo e “furaram a bolha” da militância e da categoria, apresentando para a sociedade temas complexos, com ações sociais como o “Gás a preço justo” e “Combustível sem o PPI”, que promoveu a conscientização sobre o assunto, ajudando a enfraquecer a política de preços praticado pela Petrobrás nos governos Temer e Bolsonaro. 

Além dessas, Leandro citou ações como o “Jornal fake”, feito pela imprensa do sindicato, “noticiando” aprovação de um acordo coletivo lesivo para a categoria, que acabou despertando a categoria, levando à rejeição da proposta lesiva da empresa.

Logo depois, foi a vez do tema "Comunicação Não-Violenta", apresentado por Duda Duarte, do grupo Politize!, que falou sobre a ação do projeto patrocinado pela Petrobrás, que promove o debate sobre política aos jovens, explicando conceitos simples, mas que a maioria da população não tem conhecimento, como o papel dos vereadores e demais legisladores, o que é a democracia etc.

Por fim, a diretoria participou na sexta e sábado (15) do Curso de Oratória Sindical, que tem como objetivo principal desenvolver a habilidade de falar em público dos dirigentes sindicais. Em tempos de redes sociais e câmeras de celulares sempre à mão, é fundamental que os dirigentes saibam comunicar adequadamente com os trabalhadores. Isso inclui saber ouvi-los, responder suas dúvidas, e divulgar ações e atividades sindicais, de maneira que o trabalhador se sinta efetivamente representado.

Durante o curso, foi proposto um modelo de comunicação sindical que preza pela assertividade ao invés da agressividade, pela cooperação em vez da competição, e pela reflexão e elaboração prévia do discurso em lugar do improviso. As temáticas abordadas incluíram a comunicação social, política e sindical contemporânea, a imagem pública dos dirigentes sindicais no Brasil, e a relação entre liderança sindical e interesse do trabalhador.

Os participantes também exploraram a importância da coerência entre o conteúdo da fala e a expressão corporal, a superação do receio de falar em público, e os efeitos da voz sobre o interlocutor, focando no vocabulário e impacto. Além disso, o curso ofereceu sessões de filmagem e autoavaliação individual, permitindo aos dirigentes refletirem sobre sua performance e aprimorarem suas habilidades de comunicação.

A iniciativa de promover um curso de formação sindical  é uma prova determinante de como a entidade investe em todo o seu corpo de diretores para que sejam altamente qualificados e estejam aptos para mobilizar de maneira efetiva a categoria petroleira com o intuito de buscar melhorias e avançar em direitos.