Vai ter luta!
Os trabalhadores de Pilões aprovaram em assembleia na segunda-feira (10), por unanimidade, a renúncia da brigada e o estado de greve. O pleito dos trabalhadores é focado na segurança, devido ao baixo efetivo atual.
Os trabalhadores estão mobilizados desde o começo do mês de maio, quando iniciaram protestos contra a falta de segurança e a redução do quadro de funcionários na unidade. O efetivo de supervisores e operadores está reduzido a apenas dois operadores por turno, o que obriga supervisores e coordenadores a assumirem funções de técnicos de operação.
Recentemente, até mesmo um gestor teve que assumir o turno, sem preparo adequado, pela falta de efetivo, comprometendo a segurança operacional. A situação tem gerado jornadas extenuantes e exaustivas, sem o número legal necessário para manter a brigada. Mas nem esse sacrifício imposto é o suficiente para suprir a demanda em Pilões.
A questão da brigada é mais um problema, que piora as condições de trabalho no terminal. Atualmente, a brigada é composta por trabalhadores terceirizados com contratos precários e treinamentos de baixa qualidade, além da alta rotatividade desses profissionais, o que compromete a segurança do terminal.
A diretoria do Sindipetro-LP vem realizando tratativas diretamente com a diretoria da Transpetro, pois a gestão local não conseguiu implementar melhorias significativas. A situação crítica se agrava sem perspectiva de reposição de mão de obra, e os gestores se negam a reconhecer essa necessidade.
Diante da inoperância da gerência do terminal e da Transpetro, e das respostas sempre evasivas, após reuniões setoriais, os trabalhadores viram a necessidade de uma escalada das mobilizações, atrasos e, por fim, a aprovação do estado de greve e renúncia da brigada.
A diretoria terá uma reunião hoje com a Transpetro, visando discutir essas condições críticas de trabalho e buscar soluções imediatas.
Os trabalhadores permanecem firmes em suas reivindicações e continuarão lutando pela segurança e por condições dignas de trabalho para todos os operadores do Terminal de Pilões.