Descaso com trabalhador acidentando evidencia a falta de organização e estrutura da UN-BS e do aeroporto

Merluza

No último domingo (09), um acidente ocorreu na Plataforma de Merluza, quando um técnico de manutenção da Petrobrás sofreu uma lesão devido à queda da porta do casulo de um turbo compressor em seu pé. Após receber atendimento médico na plataforma e ser desembarcado por voo de aproveitamento, o tratamento recebido pelo trabalhador no aeroporto gerou indignação. O correto seria desembarcá-lo em uma aeronave médica, caso não conseguisse caminhar.

Não havia nenhum representante da Petrobrás para recebê-lo, a equipe da companhia aérea não estava ciente da situação e não havia transporte adequado para retirá-lo da aeronave. Um funcionário do aeroporto teve que acomodá-lo em um carrinho elétrico destinado ao transporte de bagagens. Ao chegar no portão de desembarque, não havia uma cadeira de rodas disponível, fazendo com que o petroleiro precisasse permanecer em pé apoiado em colegas até que uma cadeira fosse providenciada.

A falta de um protocolo adequado no aeroporto resultou na situação constrangedora de o trabalhador ser levado ao portão de desembarque comum, junto com os demais passageiros. Ele teve que se levantar da cadeira de rodas e enfrentar dificuldades para passar pelo raio X. Uma funcionária do local comentou discretamente que o ideal seria que o petroleiro não tivesse passado pelo desembarque, sendo buscado na aeronave por um carro e levado diretamente ao hospital.
Após todo esse imbróglio, uma van o aguardava para levá-lo ao hospital, porém, não havia uma pessoa designada para acompanhá-lo, deixando-o sozinho para carregar sua bagagem, mesmo sem condições de caminhar. 

Após tentativas sem sucesso de obter informações, um petroleiro da área de enfermagem, sem relação com o caso, se disponibilizou de maneira proativa para acompanhar o colega até o hospital.

Somente no hospital o trabalhador encontrou uma assistente social da Petrobrás, após passar por todo esse descaso no aeroporto.

Já passou da hora da gestão da UN-BS e de Merluza terem mais respeito pelos trabalhadores. Não bastou toda a lambança que promoveram durante a pandemia agora querem ignorar que situações de emergência existem e que estas devem ser tratadas com atenção. O mínimo que se espera é que haja protocolos para lidar com todo e qualquer tipo de problema relacionados à saúde e segurança dos trabalhadores.