Petrobrás vai 'dar muito lucro' e atender aos interesses dos acionistas públicos e privados, diz nova presidente

Novo comando

A nova presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, que assumiu o cargo ocupado por Jean Paul Prates na última semana, disse em sua primeira coletiva nesta segunda-feira (27) que a empresa vai "respeitar a lógica empresarial" no que se refere a distribuição de dividendos, tópico de constante debate nas últimas gestões da companhia.

"Nós vamos respeitar a lógica empresarial. Não há como gerir uma empresa dessas sem respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestivo, atendendo os interesses tanto dos acionistas públicos quanto dos privados, nós vamos fazer", afirmou, na sede da empresa, no Rio.

"Agora, agilizar isso nessa direção. A palavra-chave é conversa. Nós vamos ter que conversar muito, entender muito as demandas de cada um e colocar a Petrobras à disposição dos interesses dos seus acionistas dentro da lógica empresarial", acrescentou.

Ela também afirmou ter certeza que a empresa dará lucros: "Se existe uma coisa que eu tenho certeza e garanto é que essa empresa vai dar muito lucro. Se tem lucros, tem dividendos. Nós queremos ter lucros".

A presidente disse que ainda não teve tempo para conhecer todos os atuais diretores. Contudo, Magda Chambriard afirmou que se houver mudanças isso será feito após uma analise dos perfis daqueles que estão nos cargos.

Magda Chambriard disse ainda que a Petrobrás vai precisar ampliar a produção de petróleo pra garantir a segurança energética do Brasil até o fim dessa década.

Ela também defendeu a exploração na região de pré-sal no Norte do Brasil, na região chamada de margem equatorial e disse que vai esclarecer os questionamentos do ministério do meio ambiente sobre os planos da empresa na região.

Novas fronteiras exploratórias
Entre os objetivos citados pela presidente para a Petrobrás nos próximos anos, Magda citou as novas fronteiras exploratórias; a reposição das reservas energéticas, o aumento da disponibilidade dos produtos, a produção de energias renováveis, e potencialização da cadeia produtiva nacional.

"Nós temos nas mãos uma companhia grandiosa, que tem que dar retorno, tem que observar as normas de compliance, tem que ser sustentável, tem que respeitar as pessoas, tem que respeitar o meio ambiente, mas ela tem que ser rentável e ao mesmo tempo atender os interesses dos acionistas, majoritários e minoritários".

Fonte: G1