Sindipetro-LP se reúne com GG do Gás e gestores da UTGCA para tratar de efetivo e demandas da unidade

E os assédios?

Na última sexta-feira (24/05), a diretoria do Sindipetro LP esteve reunida com o Gerente Geral dos Ativos de Gás Natural, além de representantes do RH e da gerência local da UTGCA. O objetivo da reunião foi discutir diversos temas relacionados à unidade, em especial a questão da redução do efetivo operacional.

Com a diminuição do quadro próprio de técnicos de operação e manutenção em função de aposentadorias (PIDV, PAE, etc.), afastamentos e transferências para outras unidades, aumentou-se a preocupação com a segurança operacional da planta. "Não tem ocorrido a reposição deste efetivo ao longo dos últimos oito anos. Essa redução de pessoas na área operacional tem provocado medo e sensação de insegurança no dia-a-dia dos operadores", afirmou o diretor Tiago Nicolini durante a sua fala.

O coordenador-geral do Sindipetro LP, o diretor Fábio Mello, questionou ao GG se já existe um número previsto no curto prazo para reposição deste efetivo, porém ficou sem resposta. Segundo informações do RH local da unidade, os empregados novos oriundos de concurso público estão ingressando em diversos setores da unidade, exceto na gerência de operação, o que é preocupante.

Esse "enxugamento" do quadro tem implicado em desvios de função, a exemplo de supervisores e coordenadores de turno que passam a ocupar os postos de trabalho vagos em função de ausência de técnicos por diversos motivos (férias, licenças, treinamentos, etc). Durante a reunião, foi enfatizada a necessidade de se avançar na discussão desse tema, ampliando-se o fórum de efetivo já previsto em norma coletiva, a fim de que esse assunto possa ser amplamente debatido, de forma regionalizada e de acordo com as especificidades locais de cada unidade.

A coordenação do Sindipetro-LP enfatizou que a UTGCA sempre foi o parâmetro em relação ao efetivo, principalmente com o turno de 12 horas, onde o sobrequadro e a contingência para casos de ausências, como licença de paternidade, licenças médicas, férias, deslocamento para treinamento e outras situações inerentes ao dia a dia do trabalho, não deixavam nenhum posto de trabalho desguarnecido, uma vez que o sobrequadro era perto de 50%.

Esse sobrequadro e a boa prática da UTGCA têm que retornar imediatamente, e cabe à gestão recuperar essa imagem da UTGCA e servir novamente como parâmetro das 12 horas, quando os turnos funcionavam muito bem e não havia nenhum posto de trabalho desguarnecido, nem tão pouco trabalhadores solitários em postos ou supervisores assumindo funções às quais não lhes cabem.

Os diretores também cobraram da gerência uma comunicação efetiva dos acidentes e incidentes que ocorreram nos últimos meses, em especial durante a última parada de manutenção, haja vista que todas as ocorrências que chegaram para a diretoria do sindicato vieram através de relatos da força de trabalho. Além disso, cobraram a participação do sindicato nos fóruns internos promovidos pela empresa, a exemplo do Safety Day (Dia da Segurança), e nas comissões de aprendizagem de acidentes e incidentes. O sindicato também cobrou a participação da diretoria na recepção dos empregados novos.