FNP pede suspensão dos PeDs e contribuições da Petros para os petroleiros vítimas do desastre no RS

Baixa adesão ao plano preocupa

Nesta terça-feira (14/05), o secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, encontrou-se com o presidente da Petros, Henrique Jäger, na sede da entidade no Rio de Janeiro, para tratar de dois assuntos críticos à categoria petroleira: o desastre ambiental no Rio Grande do Sul (RS) e a baixa adesão dos novos empregados ao fundo de previdência privada.

Desastre ambiental no RS
A urgência em lidar com as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul motivou a FNP a exigir ações imediatas da Petros e da Petrobras em favor dos trabalhadores impactados pelo desastre ambiental.

Na reunião, a FNP propôs a suspensão dos equacionamentos e das contribuições regulares por um período a ser determinado, além da oferta de linhas de crédito, com juros mais baixos e a longo prazo, para garantir que os afetados tenham condições de reconstruir suas vidas.

“Entendemos que a Petros e a Petrobras podem colaborar significativamente nessa ajuda, principalmente oferecendo empréstimos a juros baixos e suspendendo os equacionamentos e as contribuições normais”, destacou Adaedson Costa, secretário-geral da FNP.

A FNP solicitou urgência na identificação e no atendimento dos casos dos trabalhadores petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas do Rio Grande do Sul, que foram afetados pela calamidade pública.

Baixa adesão ao Plano Petros
Outro ponto discutido na reunião foi a preocupante baixa adesão dos novos empregados da Petrobras e da Transpetro ao Plano Petros de Seguridade Social.

A FNP ressaltou a importância de garantir uma adesão integral da categoria ao fundo de previdência e sugeriu medidas, como adesões automáticas e campanhas de conscientização.

“A Petros e a Petrobras devem garantir que esses profissionais que entram na companhia sejam incentivados a aderir ao plano de previdência, visando garantir uma aposentadoria digna após dedicarem as suas vidas à Petrobras”, enfatizou Adaedson Costa.

Além disso, a FNP cobrou o retorno dos atendimentos presenciais – solicitação presente também na campanha do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – para a camada de aposentados e pensionistas que enfrentam dificuldades com os meios digitais de atendimento.

A reunião evidenciou a necessidade da Petros tomar medidas com maior celeridade para responder aos desafios enfrentados pela categoria petroleira, seja em situações de emergência como a que ocorre hoje no Rio Grande do Sul, assim como no planejamento de longo prazo para a sustentabilidade do plano de previdência.

Fonte: FNP