Dia 1º de Maio em Cubatão
O Sindipetro-LP estará presente no ato do dia 1° de Maio, que neste ano será realizado em Cubatão, na Rua Cidade de Pinhal, 68, em frente ao Bom Prato, a partir das 14h. O ato está sendo organizado pela Associação dos Trabalhadores Desempregados de Cubatão e terá a participação de sindicatos que compõem a Frente Sindical Classista da Baixada Santista, trabalhadores e movimentos sociais.
O 1° de Maio, comemorado em vários países como o Dia do Trabalhador, é uma data importante para unir as diversas categorias e cobrar do governo e da patronal a valorização do trabalhador, que, apesar dos avanços tecnológicos que garantem maior produtividade e lucro para o capital, tem sido mais explorado e vem perdendo, quase que passivamente, os direitos que foram conquistados com muita luta.
A lei da terceirização, a reforma trabalhista e previdenciária, as quais os movimentos sindicais e sociais lutaram contra e tinham no atual governo esperança de vê-las revogadas, mantêm uma gama de trabalhadores mal remunerados e sem forças para ser contra, a tal ponto que não percebem o quanto estão sendo explorados.
Para piorar, muitos de nós, trabalhadores, seguem elegendo políticos que se empenham apenas em atender interesses financeiros de seus patrocinadores (empresários, investidores, gestores do agronegócio, donos de plataformas), que cobram pagar menos impostos trabalhistas e mais flexibilização para sua agenda de maior lucro pelo menor custo, mesmo que atente contra nossa saúde e bem-estar, como no caso da liberação de agrotóxicos, privatização de serviços públicos etc.
Na Petrobrás, o desafio é o mesmo enfrentado no mundo. Redução de efetivo, aumento das jornadas dos turnos, retirada de direitos básicos, como fechamento de refeitório nas unidades para todos. Cabe ao trabalhador petroleiro, como fez em governos como o de Bolsonaro, lutar por reposição do efetivo, melhores salários e benefícios aos petroleiros contratados, tais como os concedidos aos próprios da empresa.
Vivemos um retrocesso alarmante. Em pleno século XXI, nos vemos obrigados a mobilizar os trabalhadores não apenas por igualdade salarial e de gênero, mas também contra jornadas exaustivas de 12 horas, ou até mais, especialmente no caso dos trabalhadores por aplicativo e "pejotistas", que muitas vezes, são atraídos pela promessa de altos ganhos ao trabalharem "por conta própria", ou simplesmente não encontram oportunidades de emprego formal que proporcionem uma remuneração adequada e todos os direitos trabalhistas de um celetista.
A campanha da extrema direita ganha cada vez mais voz entre a população brasileira, de que o Estado está inchado e que beneficia quem não quer trabalhar, ao mesmo tempo em que cria seu “curral eleitoral” contratando servidores públicos e de estatais, o que é uma grande mentira. Levantamento elaborado pelo República.org, com dados do International Labour Organization (Ilosat), mostra que a proporção de vínculos públicos em países sul-americanos como Argentina (19,31%), Uruguai (16,92%) e Chile (13,10%) é maior que a do Brasil (12,4%). Os Estados Unidos também aparecem à frente (13,56%), e o México, país com características semelhantes às do Brasil, fica pouco atrás (12,24%).
Os mesmos que apontam o inchaço do estado brasileiro são os que querem eleger representantes da velha política, como Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Romeu Zema, para citar alguns, para manter suas benesses e isenções que barganham com políticos.
Na contramão do que acontece nos países mais desenvolvidos social e economicamente, o Brasil está discutindo ainda a inútil guerra ao tráfico como era nos anos 80, com repressão policial e violência contra os mais pobres, enquanto que as maiores apreensões de drogas e armamentos foram feitas em condomínios caros, aeronaves privadas e com envolvimento de parlamentares. Discutem o formato da “família tradicional”, renegando direitos aos homoafetivos, proibição do aborto até mesmo nos casos mais graves já garantidos por lei.
Com o avanço da Inteligência Artificial, que já extinguiu algumas profissões e torna outras obsoletas, é cada vez mais urgente garantir uma renda universal para todo brasileiro e é por essa e outras pautas que devemos nos mobilizar no Dia do Trabalhador.
A todos os brasileiros que acordam todos os dias para mais um dia de labuta, parabéns pelo seu dia! Estamos juntos!