Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) indica rejeição da nova proposta de PLR apresentada pela Petrobrás

Precisamos avançar!

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) está chamando os trabalhadores de todas as bases a rejeitar a última proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2023, apresentada pela Petrobrás nos dias 15 e 16 de janeiro de 2024 .

Ao mesmo tempo, indica às assembleias a autorizarem seus sindicatos a assinarem o Acordo de PLR, conforme o resultado final do quadro nacional.

Com a maioria dos sindicatos das bases das duas federações rejeitando a proposta, será possível avançar!

O montante destinado ao pagamento ainda está muito aquém dos números de 2023 apresentados até o momento pela empresa no mercado, considerando:

- que a Petrobrás é a maior pagadora de dividendos e de impostos e royalties no Brasil;
- que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) está na legislação brasileira e foi criada para impactar a remuneração da equipe, sendo um recurso para imprimir o crescimento da empresa;
- que ainda faltam os dados do 4º trimestre nas contas que estão sendo feitas sobre os resultados de 2023;
- que as regras da própria Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) do Ministério da Economia são de pagamento de PLR no menor valor entre dois parâmetros: 6,25% do lucro líquido ou 25% do que foi destinado aos acionistas; e
- que os R$ 2,8 bilhões que a empresa oferece de PLR são MUITO MENOS do que os R$ 7,5 bilhões possíveis

Veja abaixo:
Resultado do lucro líquido (com previsão do 4º trimestre/2023): R$ 120 bilhões
Menor índice entre 6,25% ou 25%: R$ 7,5 bilhões
Valor que a empresa pretende pagar: R$ 2,8 bilhões

O fato é que depois de um ano e de o bolo estar gigante, a hierarquia na empresa quer deixar os empregados com a menor fatia para beneficiar os acionistas.

É preciso e possível avançar
Após os petroleiros rejeitarem, por ampla maioria, a primeira proposta rebaixada da estatal, a FNP se reuniu com o RH no dia 15/01 para receber a segunda proposta, que alterou pontos importantes, mas ainda está bem longe do possível e merecido:
– reduziu a diferença na relação piso-teto, porém ainda com grandes desigualdades  — ainda mais considerando a existência do Programa de Reconhecimento de Desempenho (PRD), que mantém o fosso de desigualdade em algumas vezes;
– as subsidiárias Transpetro, PBIO e TBG passam a receber o mesmo valor, mas em formatos diferentes, como Abono e PRD, que implica incidência maior de Imposto de Renda. A FNP reivindica distribuição igualitária para todo o Sistema; e
– revisou a vigência de dois anos para um ano.

Entendendo que este é o momento correto de avançar e diminuir a disparidade dentro da já distorcida remuneração variável, a FNP chama os trabalhadores a rejeitarem esta proposta. É possível avançar mais e a forma de conseguir isso é rejeitando essa proposta nas bases das duas Federações em todo o país.

A partir desta avaliação, a FNP procurou a FUP para construir esse indicativo conjunto, mas a FUP, mais uma vez, sem surpreender, privilegiou sua unidade com o RH e a Direção da empresa em detrimento do interesse dos trabalhadores, e está convocando assembleias com o indicativo de aceitação.

Chamamos todos os trabalhadores de todas as bases de ambas as federações a rejeitarem essa proposta. Com a maioria dos Sindicatos das bases das duas federações rejeitando, será possível avançar! Caso contrário, diante de um resultado nacional negativo, os sindicatos estariam autorizados a assinar o acordo.

Fonte: FNP