Petroleiros do Litoral Paulista Rejeitam Proposta de PLR da Petrobrás massivamente

Isonômia!

Os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista decidiram, por ampla maioria, rejeitar a primeira proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pela Petrobrás. Nas assembleias realizadas nas bases do LP, iniciadas no domingo (7), a proposta foi recusada de forma contundente, refletindo uma tendência que se manteve nas unidades operacionais, com os grupos de turno e nas plataformas da Bacia de Santos.

A categoria seguiu o indicativo da diretoria do LP e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que recomendou a recusa da proposta em busca de uma distribuição mais justa e igualitária da política de remuneração variável da Petrobrás.

O principal descontentamento da categoria pela proposta é com relação à falta de isonomia entre os trabalhadores do Sistema Petrobrás. Para a FNP e sindicatos, a manutenção da política de bonificações, fórmula de cálculo e estrutura da PLR atrelada a um múltiplo das remunerações pode resultar em uma disparidade de até 20 vezes entre o piso e o teto! No acordo anterior, essa relação era limitada a um máximo de 2,5 vezes entre o piso e o teto.

Além disso a ausência de uma negociação efetiva com as representações sindicais sobre os indicadores apresentados não condiz com a boa forma negocial que a FNP e sindicatos têm dispensado à atual gestão da Petrobrás.

A categoria reivindica um acordo de PLR que beneficie todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás, uma cláusula ausente na proposta atualmente rejeitada pelas bases. Para o sindicato, atender esse pleito é essencial para avançar na reconstrução do Sistema com a participação ativa dos trabalhadores.

Próximos passos
Diante da recusa da proposta, a FNP reafirmará a necessidade de incorporar a cláusula previamente apresentada em sua proposta referente à PLR. Essa cláusula visa garantir o pagamento da PLR mesmo em cenários de prejuízo, uma vez que já enfrentamos essa situação no passado. É essencial incluir um dispositivo que proteja os trabalhadores, assegurando uma PLR mínima mesmo diante de resultados desfavoráveis. Tal medida se justifica pela contribuição que oferecemos à sociedade, independentemente da distribuição de lucros ou dividendos aos acionistas. A Petrobrás é a empresa que mais gera lucro para o governo, como os vultosos montantes de royalties entregues, impostos, contribuições e participações especiais, que historicamente ultrapassam a marca dos 100 bilhões.

Os petroleiros exigem uma distribuição justa, isonômica entre todas as empresas do Sistema Petrobrás e o fim da atual política de prêmios, que persiste mesmo na nova gestão da empresa com o simples troca de nome ( de PPP para PRD) . A rejeição massiva da proposta reflete a disposição de luta da categoria, que busca condições mais equitativas e transparentes em relação à participação nos lucros e resultados da empresa.

Parabéns, categoria! Seguimos mobilizados!