Após demissão em massa, Trabalhadores da GM penduram uniformes em ato na porta da fábrica de SJC

800 demitidos

Metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) realizaram nesta quarta-feira (25) um ato em frente à fabrica da montadora para se manifestarem contra as  recentes demissões de funcionários.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (Sindimetal), 800 trabalhadores foram demitidos. A reportagem entrou em contato com a GM para confirmar o número, mas a empresa disse que "esta informação não está disponível".
Durante o ato, os metalúrgicos penduraram camisetas em frente à fábrica. "O varal de uniformes simboliza a luta em defesa dos empregos e chama a atenção da sociedade para que todos se unam a essa mobilização. Seguiremos firmes na greve e na batalha para cancelar os cortes arbitrários", afirma o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.

A greve citada por Valmir teve início na segunda-feira (23). Segundo o Sindimetal, a GM só informou o sindicato sobre o número de demitidos na noite desta terça-feira (24). "Os cortes aconteceram apesar do acordo de layoff com garantia de estabilidade assinado pela GM, em junho. A fábrica de São José dos Campos possui cerca de 4 mil trabalhadores e produz 150 carros por dia", informa o sindicato.
Em nota, a GM afirma que queda nas vendas e nas exportações levaram a demissões nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes.

"Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro. A GM reforça que a segurança dos empregados é nossa prioridade", afirma a empresa.

Os sindicatos também enviaram carta ao governo do pressidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando reunião com a Presidência e o Ministério do Trabalho em caráter de urgência para "discutir medidas em socorro dos trabalhadores".

Fonte: Ig