Já era sem tempo
Um funcionário da Petrobrás que tem medida protetiva assumiu o cargo de novo gerente-geral da área de segurança da empresa, no Rio de Janeiro, no último dia 1º. A Petrobrás informa, em nota oficial, que ele foi afastado da função gerencial do cargo.
A companhia diz ainda que ele foi transferido de imóvel de lotação e que está tomando as providências, pelos seus canais de acolhimento interno. Leia a nota oficial da empresa:
"A Petrobrás informa que o empregado citado não ocupa mais a função gerencial e foi transferido de imóvel de lotação. A companhia está tomando as providências, através de seus canais de acolhimento interno. A Petrobras reforça que não tolera qualquer tipo de violência e que criou um canal de acolhimento específico para atendimento a vítimas. A nova gestão da companhia está comprometida com um ambiente de trabalho saudável e digno para toda a sua força de trabalho."
Entenda o caso
No último dia 1º, assumiu o novo gerente-geral da área de segurança da empresa, no Rio de Janeiro. Mas ele é processado pela ex-mulher, que é funcionária da estatal. Ela, agora, trabalha no mesmo prédio do acusado, apesar de ter medida protetiva, dada pela juíza Adriana Ramos , do 5º Juizado de Violência Doméstica, contra ele. Está muito assustada. O cargo do ex-marido dá acesso a muitas informações sobre ela -- inclusive acesso ao email enviado por ela, quando o ex-marido assumiu o novo cargo, para a segurança da companhia informando novamente sobre a medida protetiva. O caso chegou à ouvidoria da empresa que teria dado como solução inicial que os dois alternassem os dias presenciais na empresa.
Os grupos de Whatsapp de funcionários da companhia já começaram a aderir à campanha "BCI (background check of integrity) lilás: que tal incluir violência contra mulher no BCI e rodar novamente para todo mundo com função?". É que uma colega de trabalho da ex-mulher pediu ajuda ao grupo de funcionárias da companhia sobre aleitamento materno.
Fonte: O Globo