Em pauta
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) foi informada, em reunião virtual na sexta-feira (10) com o RH, de que estão suspensas as transferências forçadas, mas apenas a que seriam realizadas a partir do dia 26 de janeiro. Futuras revisões dependerão da revisão do portfólio de desinvestimento, sobre o qual nada ainda foi formalizado.
A FNP cobrou que todas as transferências sejam revistas, um compromisso feito pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates em reunião presencial com a Federação e seus sindicatos, no dia 27 de janeiro.
“Vários trabalhadores estão com problemas financeiros ou doentes por causa das transferências realizadas. Esses, só aceitaram as mudanças para não ficarem desempregados”, destacou Rafael Prado, diretor da FNP e do Sindipetro-SJC, na reunião.
Eduardo Henrique, Secretário Geral da FNP e diretor do Sindipetro RJ, destacou a pauta levada pela Federação, que inclui, além da suspensão das transferências:
. revisão de todas as transferências;
. Alagoas e Sergipe, por ser base de representação da Federação e profundamente impactada ela privatização, mereceu também uma especial atenção, inclusive a situação dos anistiados;
. a situação do pessoal já transferido e o pleito destes trabalhadores, enquanto não conquistamos seu retorno, de mudanças no teletrabalho (ver carta anexa e documento entregue pela FNP)
. um canal direto para tratar dos casos mais críticos de saúde e situações precárias.
O RH se comprometeu em tramitar as demandas da FNP, dentro da perspectiva de novas diretrizes da gestão.
Vamos continuar mobilizando e pressionando a nova gestão para efetivar o mais rápido possível a revisão destas transferências, que não podem depender do portifólio de desinvestimento, que tem que ir para a lata de lixo da história e não remediado!
"Mais uma vez, o momento é de união de todos os petroleiros e entidades para que esses trabalhadores possam voltar para as sua casas, cidades e familiares", sintetizou Sidney Melo, diretor da FNP e do Sindipetro-AL/SE.
Proposta da empresa
Com relação a Carmópólis, trabalhadores que tiveram as transferências formalizadas até o dia 26 de janeiro de 2023, ainda que não tenha havido a efetiva apresentação na unidade de destino, as realocações estão mantidas.
Teletrabalho
Ainda na reunião, a FNP cobrou o aprimoramento do regramento do teletrabalho, gerando condições mais favoráveis a toda força de trabalho, mas em especial para os transferidos e para os PCDs (ou que tenham dependentes PCDs).
Foi reapresentada a pauta estabelecida coletivamente acerca do tema, que pleiteia incorporação do regramento no ACT, custeio mensal para compensar as despesas pessoais oriundas da atividade, que os dias presenciais sejam computados por mês e não por semana, que haja medidas para garantia de SMS (como preocupação com ergonomia e saúde mental dos trabalhadores) etc.
Destacou-se o pleito de possibilidade de teletrabalho integral para os petroleiros PCD (Pessoa com deficiência) ou com dependentes nessa condição, e a facilitação de que os impactados por transferências possam se apresentar em instalações mais próximas de suas residências para o presencial. Segundo o diretor Gustavo Marun "Esperamos que os tempos tenebrosos do passado, em que os pleitos da categoria eram ignorados, tenham ficado para trás. "É lamentável que um ofício sobre PCDs, enviado em abril de 2022, ainda não tenha sido respondido", salientou Gustavo Marun, diretor da FNP e do Sindipetro-RJ.