Petroleiros parabenizam Lula pela vitória e esperam concursos para reposição do efetivo e fim do PPI

Pela terceira vez presidente do Brasil!

Pela terceira vez, após nove eleições presidenciais depois da redemocratização do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente da República.

A vitória do candidato que concorreu pela Coligação Brasil da Esperança, formada pelos partidos PT, PV, PCdoB, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros, foi declarada pouco antes das 20h do domingo (30). Lula obteve 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos) e o atual presidente Jair Bolsonaro (Coligação Pelo Bem do Brasil) recebeu 58.206.354 votos (49,10% dos votos válidos).

Para a atual diretoria do Sindipetro-LP a vitória do ex e agora novamente presidente é um grande feito para a categoria petroleira, que em sua maioria votou em Lula pelo seu papel de reconstrução da Petrobrás ao longo de seus dois primeiros mandatos, tornando a empresa atuante do “poço ao posto e do poste ao campo”, com a construção de refinarias, termelétricas e fábricas de fertilizantes, após o fim do monopólio e entrada da empresa na bolsa de valores.

O apoio dos petroleiros à reeleição de Lula não foi por acaso. Além do aumento do número de funcionários, a Petrobrás cresceu em tamanho e em reserva de petróleo. Em 2007, graças aos sucessivos investimentos que a companhia fez em prospecção e inovação tecnológica, o pré-sal foi confirmando, dobrando a produção no país, que se tornou autossuficiente na produção de petróleo e investiu pesado na adaptação de refinarias para refinar o óleo do pré-sal, construiu novas unidades e criou termelétricas, usando o gás do pré-sal para gerar energia e suprir parte da demanda que as usinas hidrelétrica já não davam mais conta.

Vale destacar que em seus dois primeiros mandatos como presidente, Lula quase dobrou o número de funcionários da Petrobrás, realizando concursos públicos. Ao final do mandato de FHC, em 2002, o número de funcionários próprios da empresa era de 34,5 mil e 103 mil terceirizados. Em 2007, segundo ano do governo petista, a empresa já possuía 50,2 mil trabalhadores próprios e 190 mil terceirizados. Em 2013, já no governo de Dilma Rousseff a empresa já possuía mais de 86 mil funcionários próprios no sistema Petrobrás.  Já em 2022, após os governos de Michel Temer e Bolsonaro, a empresa encolheu, perdendo mais de 41 mil empregados, que atualmente não passam de 45 mil.

Os investimentos dos governos petistas na empresa também são gritantes em comparação aos seus antecessores e sucessores. No governo FHC, ao final de 2002 foram investidos US$ 6 bi na Petrobrás; em 2013, já no governo Dilma, a empresa já investia US$ 48 bi. Em 2022, a empresa investiu US$ 8 bi e, em contrapartida, entregou US$ 136 bilhões em dividendos a acionistas, ainda no primeiro semestre, *fruto da venda de ativos da empresa e alta dos combustíveis pelo PPI, uma verdadeira transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos*.

O que queremos para o futuro da Petrobrás?
Após sucessivos PIDVs e diminuição massiva dos empregados próprios do Sistema Petrobrás, a categoria sofre com a falta de efetivo que já afeta o trabalho de todos, sobrecarregando as equipes e tornando as atividades mais perigosas. Diante disso, os petroleiros almejam com a vitória de Lula a abertura de novos concursos e aumento da mão de obra também de terceirizados, com valorização de salários e benefícios que se perderam nos últimos anos.

Atualmente o petróleo representa apenas um terço da energia mundial, o que requer uma migração gradativa para fontes de energia renováveis como eólica e solar. Essa transição é esperada pela categoria em um novo governo de Lula, que durante sua campanha explorou o assunto, prometendo readequar os investimentos da Petrobrás para energia verde, gerando tecnologia e oportunidades de investimentos no setor, geração de emprego e conseqüente barateamento dessas alternativas energéticas renováveis.

Outro anseio dos petroleiros e da população como um todo é pela redução dos preços dos combustíveis e fim da Política de Preços de Importação (PPI) que foi introduzida na Petrobrás por Temer e mantida durante todo o governo Bolsonaro, encarecendo o gás de cozinha, gasolina e diesel, que hoje pela primeira vez na história do Brasil, é mais caro que a gasolina e que puxou a alta da inflação dos alimentos e fretes desses produtos. Lula prometeu acabar com o PPI e investir no crescimento da Petrobrás, algo que foi o oposto das propostas de Bolsonaro para a empresa, que pretendia privatizar totalmente a maior empresa do país, mesmo com os lucros recordes que ano a ano a empresa bate.

Parabenizamos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e esperamos que a transição de governo seja tranquila e que seja capaz de acabar com a polarização que separou o país entre “nós” e “eles”.

Agora é olhar para a frente, aparar as arestas e focar em um país mais justo para todos, livre da fome, do desemprego e da pobreza que assolam nossa nação.

Vida longa ao presidente! Parabéns, povo brasileiro pela escolha de Lula presidente!