"Outubro Rosa" busca conscientizar, prevenir, tratar e combater o câncer de mama de maneira precoce

Se toque!

O mês de outubro chegou e com ele teve início a Campanha Outubro Rosa. A ação, promovida mundialmente alerta as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

De acordo com estatísticas divulgadas pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) em dezembro de 2020, o câncer de mama é o mais comumente diagnosticado no mundo. A patologia ultrapassou o câncer de pulmão em número de diagnósticos. No total foram aproximadamente 2,3 milhões de casos novos no mundo.

O câncer de mama também é uma realidade no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), este ano serão detectados 66.280 casos novos. Isso representa uma taxa de em média 43,74 casos por 100 mil mulheres. Ainda conforme o instituto, o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em pessoas dosexo feminino em quase todas as regiões do Brasil. A enfermidade, na sua grande maioria, atinge mulheres a partir dos 50 anos, já que a cada cinco casos, quatro são detectados após essa idade.  Os índices são altos e por isso, o movimento Outubro Rosa é tão necessário.

Na grande maioria das pacientes, o tratamento adequado atrelado ao diagnóstico precoce é de suma importância para a cura da doença.  Apesar da divulgação e avanço no tratamento, o diagnóstico de câncer de mama ainda soa como uma sentença de morte para algumas mulheres. Um levantamento feito pelo Data Popular, requisitado pelo Instituto Avon, elaborado com base na informação de 1.752 pessoas em 50 cidades brasileiras, provam o oposto. Os dados demonstram que 70% dos casos têm cura. Esse número salta para 95% quando a patologia é detectada precocemente. Mesmo casos de câncer mais agressivos hoje são suscetíveis de cura.

O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, formando tumor com potencial de invadir outros órgãos e pode apresentar vários tipos, que podem ter um desenvolvimento rápido ou lento. Por isso, é de extrema importância estar em dia com a mamografia, que serve para analisar o tecido mamário e identificar qualquer anormalidade, e fazer o autoexame periodicamente, mesmo após a menopausa. O exame é a principal forma de detecção precoce da doença na atualidade.

A Sociedade Brasileira de Mastologia indica fazer mamografia a partir dos 40 anos, em mulheres assintomáticas, e a partir dos 30 anos para mulheres com histórico familiar da doença. O Ministério da Saúde preconiza que no SUS a mamografia seja feita a cada dois anos em mulheres com idade entre 50 a 69 anos.  Segundo o INCA, com essa atitude, a mortalidade da doença diminui em cerca de 20. Ainda segundo o Instituto, é possível reduzir em 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de alguns hábitos saudáveis, como, por exemplo, a prática de atividade física e não fumar.

A Campanha
O movimento Outubro Rosa começou em 1990, em Nova York, durante a primeira Corrida pela Cura. O laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da prova. O intuito era arrecadar fundos para a pesquisa desenvolvida pela instituição.

O primeiro evento relacionado à campanha no Brasil aconteceu em 2002, no Parque do Ibirapuera. O Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista foi iluminado com a cor rosa. A partir de 2008 essa prática se tornou cada vez mais frequente, onde várias empresas começaram a iluminar monumentos, prédios e construções, mostrando a importância da prevenção da doença. Nesse mesmo período o Cristo Redentor foi iluminado nos tons de rosa.

Ao longo dos anos a diretoria do Sindipetro-LP buscar marcar o mês de outubro com eventos e textos de conscientização buscando reforçar a importância da prevenção da doença e lembrando que a empatia é a melhor ajuda na cura da doença. O prédio da sede tem sido iluminado na cor rosa, demonstrando que a categoria petroleira apoia a causa.

Com informações Dráuzio Varela, World Health Organization, Instituto Nacional de Câncer, Femama, JC, Roche e Escola de Enfermagem da Paz