Após cobrança da FNP, empresas sinalizaram apresentação de uma nova proposta na próxima semana

ACT

Em nova reunião realizada nesta quinta-feira, 14, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) cobrou da gestão das empresas envolvidas na negociação uma proposta que contemple a pauta da categoria petroleira. O recado das assembleias, que rejeitaram quase por unanimidade a proposta da empresa, foi claro: é hora de reconquistar direitos! Exigimos respeito!

A direção da FNP ressaltou a atual situação da empresa, que apresentou no ano de 2021 um lucro de mais de R$ 100 bilhões e lucrou apenas no primeiro trimestre de 2022 mais de R$ 45 bilhões. Porém, apesar disso, a gestão da companhia decidiu abrir a negociação com uma proposta que retira direitos e não garante a reposição da inflação do período.

FNP exige mais transparência na negociação e reafirma a pauta da categoria

A direção da empresa havia afirmado que não mudaria as cláusulas de SMS. Porém, a minuta enviada aos sindicatos continha diversas alterações e rebaixamento em vários dispositivos do atual ACT. A FNP também exigiu que a empresa negocie a situação do teletrabalho na mesa do ACT, repudiou as mudanças regressivas que foram propostas para a AMS, ressaltando a situação dos aposentados, aposentadas e pensionistas, que teriam dificuldades de permanecer no plano com o aumento proposto. O direito ao plano na aposentadoria, com isonomia em relação à ativa, é uma conquista histórica da categoria petroleira. A proposta tenta asfixiar financeiramente este setor, numa tentativa clara de obrigá-los a abandonar o plano.

Além disso, a Federação Nacional criticou o banco de horas e exigiu que a negociação sobre a pauta do regramento fosse efetivada. O retrocesso no Adicional de Permanência no Amazonas, a pauta dos companheiros PCDs e a tentativa de retirada da cláusula de proibição da demissão sem justa causa foram temas destacados na mesa. O acesso dos dirigentes sindicais de maneira plena às instalações da companhia foi exigido pela direção da FNP.

Também tiveram destaque, na mesa de negociação, a tentativa de supressão do Adicional de Mestra na Transpetro e a negativa da empresa de discutir um novo adicional em substituição ao adicional de gasodutos, conforme previsto no atual ACT.  Exigimos também que a TBG efetive sua participação no processo negocial, já que nem a primeira proposta foi apresentada.

Os representantes da Petrobrás, Transpetro, PBio e TBG defenderam os ataques contidos na primeira proposta. Mas, com o resultado acachapante das assembleias e insatisfação da categoria, eles sinalizaram apresentação de nova proposta na próxima semana. A TBG confirmou sua participação no processo de negociação.

A FNP solicitou que a próxima proposta seja apresentada no início da próxima semana, que seja realizada de forma presencial e colocou sua disposição para que a negociação seja realizada com mesa única entre as duas federações. Caso a próxima proposta mantenha os ataques, a FNP irá apontar para a categoria o início do processo de mobilizações nas bases! Vamos à luta!