Categoria petroleira lota auditório da Câmara dos Deputados em defesa da Petrobrás e do futuro do país

Marco histórico


Terça-feira, 12 de julho de 2022, um marco histórico na defesa da Petrobrás e do futuro da categoria petroleira e do país. Após percorrerem mais de mil quilômetros, petroleiros e petroleiras, ativos, aposentados e pensionistas, e estudantes que se incorporaram à caravana do Sindicato, estiverem reunidos no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília, para participar do Ato em Defesa da Petrobrás e das empresas estatais.

A manifestação foi histórica não apenas pelo número recorde de petroleiros de todas as partes do Brasil, mas pelo apoio da oposição do governo que a todo o momento destacou a importância energética da Petrobrás para o país.  Além disso, o protesto foi contra o novo crime de lesa-pátria orquestrado por Jair Bolsonaro - o PL/1583/2022 - que privatiza todo o excedente do pré-sal, que pertence à União, e acaba com o Fundo Social, sendo um fundo soberano criado em 2010 durante o governo Lula, que destina recursos a políticas sociais em áreas essenciais para o país. O Congresso Nacional aprovou uma lei em 2013 que vinculou parte do montante, de mais de R$ 200 bilhões, para investimento em educação e saúde. No texto do projeto, o governo “autoriza a União a ceder, de forma integral, o direito à sua parcela do excedente em óleo proveniente de contratos de partilha de produção e de acordos de individualização da produção em áreas não contratadas na área do pré-sal ou em áreas estratégicas”. Esse novo ataque está sendo articulado às vésperas da eleição presidencial.

Outro ponto bastante lembrado e criticado pelos presentes foi a urgência na mudança na política de preços dos combustíveis da Petrobrás, que desde o governo de Michel Temer, em 2016, acompanha a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional e do dólar o que vem fazendo com que a população amargue umas das piores crises econômicas dos últimos 30 anos.

O Ato Público foi articulado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, Frente Parlamentar Mista em Defesa das Empresas Públicas, comissões mistas do Senado e da Câmara dos Deputados, Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Federação Única dos Petroleiros (FUP), União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Fórum Nacional Popular de Educação, Central Única dos Trabalhadores, Internacional da Educação, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e lideranças do PT, PSOL e PCdoB.

Dentre os parlamentares, o ato contou com a presença dos deputados federais, Glauber Braga (PSOL), Benedita da Silva (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Luiza Erundina (PSOL), Maria do Rosário (PT), Carlos Zarattini (PT), Patrus Ananias (PT) e Alice Portugal (PC do B) e do Senador Jean Paul Partes (PT).

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista e a Federação Nacional dos Petroleiros esteve representado por Adaedson Costa, na mesa do auditório.  “Só a Petrobrás ser a maior empresa do país não basta. Toda essa riqueza gerada por nós, trabalhadores, tem que servir para diminuir a desigualdade que existe. Enquanto tiver uma pessoa sem um teto para dormir ou sem o que comer nossa produção de riqueza está equivocada. Esses pequenos detalhes não podem passar despercebidos porque nós, petroleiros, que somos a força que produz o orgulho e a riqueza do nosso país. Nós vamos ser a força que vai produzir e mudar esse país. Um país sem fome e que tenhamos orgulho de viver”, afirmou o dirigente. 

O petroleiro ainda falou sobre a mobilização da classe trabalhadora para mudar o rumo do país. “Nós temos que nos organizar não só para fazer a greve dos petroleiros, mas também a greve na educação, dos trabalhadores da Eletrobrás e dos trabalhadores do transporte. Uma greve geral! Só assim os donos de terra e os donos do meio de produção vão entender o que é a força do trabalhador”, finalizou.