Gestores conscientes tentam assediar a força de trabalho, mas deveriam salvar os próprios empregos

Vergonha!

A categoria petroleira está vivendo tempos difíceis, tanto com sucessivos ataques com retirada de direitos quanto numa iminente privatização da empresa, mas mesmo com todo esse cenário ruim algumas coisas inacreditáveis e inenarráveis estão acontecendo nas unidades de terra e mar.

Na UN-BS, por exemplo, alguns gerentes andam dizendo que estão “pensando” em ajudar os trabalhadores na greve que se avizinha. Essa chefia não tem limite! A realidade é que o único objetivo que os motiva a “cooperar” na mobilização é repassar aos subordinados o assédio que sofrem tentando intimidar a todos como acontece com eles diante das ordens da gerência de 1ª linha.   

Essa chefia deveria repensar imediatamente essa conduta e aderir ao movimento se ele for deflagrado. Todos deveriam abdicar do cargo que tanto se orgulham e partir para a luta assim como os trabalhadores “chão de fábrica” tem feito ano após ano. Diante de um acordo coletivo rebaixado e da venda do Sistema Petrobrás eles têm que entender que todos estão “no mesmo barco à deriva” que pode afundar a qualquer momento. Quando as unidades são vendidas não há PPP alturas ou o título “amigo do rei” que ajude a manter o trabalho na empresa. A prova disso é a situação dos trabalhadores da BR Distribuidora ou atual Vibra Energia que hoje laboram sob a ótica da lógica de uma empresa privada, estão recebendo menos que os terceirizados e enfrentam o desemprego. A frase “a privatização é boa para o povo”, não passa de um grande engodo e para os gestores da Petrobrás deveria soar como um alarme para acordarem para a realidade.  A Petrobrás privatizada é um problema de todos e isso por si só já deveria ser motivo de luta e engajamento e não de assédio moral.