Campanha “Preço Justo Já” cadastra famílias nesta quarta (13), para venda de gás a R$ 73, em Cubatão

Na Associação dos Trabalhadores Desempregados

Nesta quinta-feira (14), o Sindipetro Litoral Paulista (Sindipetro-LP) realiza mais uma campanha do Gás a Preço Justo, levando o gás de cozinha (GLP) às famílias carentes sem a influência da política de preços de importação (PPI). Sem o PPI, segundo o Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (IBEPS), o gás de cozinha seria vendido a R$ 73, e é com este valor que iremos levar 150 botijões para venda a famílias de Cubatão e 150 para famílias de São Sebastião.

Na Baixada Santista, a ação será em Cubatão, a partir das 9h, na sede da Associação dos Trabalhadores Desempregados de Cubatão, que fica na Rua Cidade de Pinhal, 68, Centro, em frente ao Bom Prato. Para participar da campanha, os interessados terão que se cadastrar na quarta-feira (13), um dia antes da ação, e pegar um voucher que será numerado e dará direito a compra do botijão a R$ 73. Serão distribuídos 150 vouchers.

Na quinta-feira (14), dia da campanha, a ação começa às 9h30, também na Associação dos Trabalhadores Desempregados de Cubatão, para retirada do botijão será preciso apresentar o voucher e pagar o valor para o fornecedor do gás. Importante lembrar que na retirada do gás é preciso entregar o botijão vazio.

No Litoral Norte, em São Sebastião, a campanha será no bairro Topolândia, região carente da cidade, a partir das 10h, no depósito da Ultragaz, na Rua José Machado Rosa, 12, esquina com Rua São Benedito. A compra e retirada será feita no local, com distribuição e pagamento sendo feito no próprio depósito. Ressaltamos que é preciso levar o botijão vazio para retirar o cheio.

A campanha “Preço Justo Sem PPI” tem como objetivo, além de beneficiar famílias com dificuldades para comprar gás a preços que já passam de R$ 130 em todo Litoral Paulista, chamar a atenção da sociedade para a política de preços de importação adotada pelo governo federal na Petrobrás.

O PPI é um crime contra a população, pois impossibilita que milhões de brasileiros, muitos que recebem apenas um salário mínimo, outros que estão desempregados e outros milhões que sequer têm renda, a conseguirem comprar o gás de cozinha para realizar suas refeições. Mesmo com a caridade de pessoas e movimentos sociais, que doam cestas básicas a famílias carentes, muitos não conseguem cozinhar, pois lhes falta gás. É nessa hora que outro desastre acontece. O número de vítimas de acidentes com fogo, causado por tentativas de cozimento com etanol ou outros combustíveis aumentaram a partir de 2016, quando o PPI foi aplicado, e hoje já custa o dobro do que era vendido quando implantado.

O mais recente caso de acidente aconteceu no Parque Bitaru, em São Vicente, quando a diarista Angélica Rodrigues, de 26 anos teve 85% do corpo queimado enquanto tentava cozinhar com álcool de posto (etanol). Depois de 15 dias internada no hospital, aguardando por uma transferência para uma unidade referência no tratamento de queimados em São Paulo, a jovem não resistiu aos ferimentos e morreu.

Angélica foi mais um caso dentre milhares que vem acontecendo desde que o preço do gás de cozinha passou a ser aumentado para gerar lucro a acionistas.

A política de preços atrelada ao dólar e a especulação do mercado nada tem a ver com regras de competitividade, impostos estaduais ou federais ou mesmo com a vontade do sujeito que presidir a Petrobrás, como tenta justificar Bolsonaro. Acabar com a política de preços de importação sobre os combustíveis é competência do governo federal, que assumiu como prioridade transferir a pouca renda do povo brasileiro a ricos acionistas que só neste ano receberão mais de R$ 100 bi de lucro.

A campanha “Preço Justo Já” é uma iniciativa do Observatório Social da Petrobrás, com o apoio do Sindipetro-LP e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e nesta edição será realizada também em São José dos Campos, Rio de Janeiro, Alagoas e Manaus .

Não à política de preços de Bolsonaro!  Preço Justo, sem PPI, Já!