Debate sobre conjuntura política abre o III Congresso Estadual dos Petroleiros da FNP

Em São José dos Campos

Nas falas, foi unânime o entendimento sobre a importância de derrotar Bolsonaro para defender a Petrobrás

O III Congresso Estadual dos Petroleiros começou, nesta sexta-feira (1º), na sede do Sindipetro-SJC, com um debate sobre conjuntura política e a necessidade urgente de união para disputar a consciência da classe trabalhadora e derrotar a extrema direita e o Bolsonarismo, um governo entreguista e que ameaça as liberdades democráticas. 
Este ano o tema do Congresso é “Campanha Reivindicatória 2022, chegou a hora da virada! Em defesa dos direitos e Fora Bolsonaro!”. 

Participam do Congresso cerca de 50 petroleiros e petroleiras, entre delegados e observadores, da Baixada Santista, São José dos Campos e São Sebastião que estarão, nesses dois dias, debatendo formas de enfrentamento para as lutas que se aproximam, como a valorização do ACT, defesa da Petros, da AMS e combate ao desmonte da Petrobrás.

O objetivo do encontro, que continua neste sábado (2), é traçar a estratégia de defesa do Acordo Coletivo de Trabalho, da Petrobrás pública e 100% estatal e preparar o XIII Congresso Nacional da FNP, que acontece entre 28 de abril e 1º de maio, em Santos.

Classe trabalhadora sob ataque
Para a mesa de abertura foram convidados palestrantes, de diferentes linhas políticas, que tinham a missão de dar um panorama da conjuntura política que os petroleiros irão enfrentar este ano: Cassio Canhoto, secretário sindical do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Luiz Carlos Prates (Mancha), secretário executivo da CSP-Conlutas, Gibran Jordão, do coletivo sindical Travessias, do Psol, e Francisco Macena da Silva, secretário geral do PT de São Paulo.

Nas falas, o ponto comum foi de que o contexto político atual é de graves ataques à classe trabalhadora que, não por acaso, tem se mobilizado em protestos e greves, por todo o país. Como é o caso dos motoristas de aplicativos, dos trabalhadores do INSS, do Banco Central e de inúmeras outras empresas.

Também há consenso de que os petroleiros estão entre as categorias que mais sofreram ataques no governo Bolsonaro. A privatização desenfreada do Sistema Petrobrás tem como objetivo reduzir a estatal ao ramo de exploração de petróleo e gás e com isso se desfazer de grande parte do nosso parque de refino e de outros segmentos da empresa. A gestão de Bolsonaro e Paulo Guedes na Petrobrás está impondo fechamento de postos de trabalho, precarização, perdas salariais, sobretudo com ataques contra a AMS.

A defesa da Petrobrás é parte importante da recuperação do crescimento do país e garantia de soberania. Os petroleiros estão cientes dos desafios e dispostos a lutar em defesa da maior empresa brasileira e dos seus direitos.
Com tudo isso, derrotar Bolsonaro é hoje o principal desafio e condição fundamental para recuperação de direitos e defesa da Petrobrás.

Homenagem
Logo na abertura, o encontro começou com uma homenagem ao diretor da FNP e do Sindipetro-PA/AM/MA/AP, Jiumar Moreira do Carmo, que morreu no último dia 24, vítima da Covid-19.

Após a leitura de um texto e uma salva de palmas, a homenagem também foi estendida a todas as vítimas da pandemia que poderiam ter sido salvas caso tivéssemos um governo que atuasse com seriedade no combate a essa emergência sanitária. 
Jiumar, presente!

otos: Roosevelt Cássio