Indicação de lobista é sinal de que governo Bolsonaro prepara privatização total da Petrobrás

Ele defende a privatização

Como resposta às altas nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, Jair Bolsonaro indicou Adriano Pires à presidência da Petrobrás, e Rodolfo Landim ao Conselho Administrativo, que vão garantir a mesma truculência com os petroleiros e subserviência aos acionistas.
O primeiro é braço das empresas de petróleo internacionais e o segundo tem interesses diretos de seus negócios conflitantes com a atuação da Petrobrás.

Mas, com dança das cadeiras na estatal, nada vai mudar quanto à possibilidade de alterações nas políticas de precificação dos combustíveis e desmonte da estatal. A troca na presidência é, na verdade, mais uma sinalização para o mercado de que o governo Bolsonaro está disposto a avançar em uma nova rodada de privatizações antes das eleições.

Vale destacar que Adriano Pires já foi superintendente de Abastecimento e superintendente de Importação e Exportação de Petróleo da Agência Nacional do Petróleo (ANP), sendo um ferrenho defensor da PPI. Em artigo publicado em outubro passado no site Poder 360º, Pires afirmou que a “solução definitiva” para a Petrobras só virá com a privatização. “Enquanto a empresa for de economia mista, tendo o Estado como controlador, os seus benefícios corporativos e as práticas monopolistas serão mantidos a favor da corporação e, muita das vezes, contra os interesses do Brasil”, diz no artigo o novo presidente da estatal.
A demissão de Joaquim Silva e Luna representa uma derrota para o governo, desgastado pela impopularidade do PPI, mas não deve trazer mudanças nesse cenário.

A categoria petroleira irá resistir ao plano de privatização da Petrobrás! 

Lutaremos em defesa dos nossos direitos e por uma Petrobrás para os Brasileiros!

Fonte: FNP