Descaso na fiscalização de transporte de turno arrisca vida de petroleiros e petroleiras a UO-BS

Gestores foram alertados, mas se calam

Gestores da Petrobrás responsáveis por planejar, implementar e fiscalizar os contratos de transporte dos Petroleiros de turno na UOBS, juntamente àqueles que deveriam implementar e fiscalizar as práticas de SMS,  não cansam de comprovar suas inaptidões para a função, ao permitirem condutas que tornam iminentes as possibilidades de acidentes de trânsito com ou sem vítimas na utilização de veículos que mais beiram a clandestinidade do que um contrato responsável e sério de transporte de trabalhadores. Alarmante, preocupante e que pode gerar desdobramentos para gestores omissos.  

O nível de precariedade no transporte de petroleiros na UOBS, feito por meio de condutores e veículos enviados pela ferramenta de mobilidade contratado pela Petrobrás, no que tange a veículos de aplicativo, é prova inequívoca de que alguém na alta gestão não está fazendo seu trabalho direito.  

Dentre as inúmeras e graves denúncias, os petroleiros relatam uma série de condutas nesse contrato com veículos de aplicativos, e dentre elas, condutores: Dirigindo de chinelo; falando ao celular enquanto transporta o trabalhador; utilizando aplicativos de texto enquanto dirige; conduzindo veículo sem cinto de segurança; conduzindo veículos em desatenção às normas de trânsito; e visivelmente motoristas sem habilidade na condução do transporte de passageiro e trato com o público.  Já os carros, apresentam indícios de problemas mecânicos, ruídos acentuados nos sistemas de amortecimento, veículos com odores sugestivos de entorpecente e sujos internamente, de modo que evidencia a grande rotatividade desses veículos com público externo, o que faz o petroleiro ficar suscetível a contaminações diversas, podendo gerar afastamento da força de trabalho.

Já há alguns meses a Petrobrás trocou os programadores de transporte e extinguiu na prática, as medidas que fiscalizavam em campo, as condições dos veículos e os documentos profissionais de condutores em prol de pura e simples economia, contratando no lugar, uma ferramenta de mobilidade de transporte por aplicativo, sem o mínimo de comprovação de idoneidade, cursos de direção defensiva, transporte de passageiros, conhecimento das práticas de SMS da Companhia, como as regras de ouro, diretrizes de transporte e SMS e procedimentos internos.  Já nos contratos com Taxis de Cooperativa, há relatos de que a Petrobrás exerce alguma fiscalização de modo que não vem sendo recebidas denúncias de insegurança, precariedade e abusos de conduta. 

Assim, fica a dúvida: por que de um lado exige-se conduta exemplar de condutores de cooperativas de taxi, e no contrato com veículos de aplicativo não tem gestor pra fiscalizar e fazer cumprir o mínimo de condições nesses transportes?

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista cobrará as tratativas para que se regularize as condições de segurança nos transportes, assim como o rigor nas comprovações de que condutores à serviço da Petrobrás reúnem condições de exercerem à atividade sem colocar em risco a vida de trabalhadores.