FNP faz cobranças a empresa em reunião de acompanhamento do Acordo Coletivo de Trabalho

Mesa de negociação

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) participou, nesta quarta-feira (09/02), de reunião de acompanhamento de ACT.  A reunião iniciou com a FNP questionando a dificuldade de acesso dos dirigentes sindicais às unidades, por isso, cobrou a revogação do padrão que está impedindo o trabalho sindical, sobretudo, em ano de campanha salarial, em que é fundamental a presença dos dirigentes liberados nas unidades para ouvir os trabalhadores e assim garantir a negociação. Fica claro que o comportamento da empresa caracteriza uma conduta antissindical. A FNP não irá aceitar a continuidade desse absurdo!

Sobre o Benefício Educacional, a FNP ressaltou que o atual sistema gera desigualdade no acesso. Os trabalhadores das áreas operacionais, por exemplo, têm dificuldades em garantir comprovação do benefício e, consequentemente acabam tendo descontos nos contracheques. Muitas vezes, os trabalhadores necessitam fazer algumas correções, que antes eram orientadas por um “apoio” disponibilizado pela a empresa e, hoje, não é mais. Nesse sentido, a FNP cobrou que o sistema de comprovação reflita a realidade dos empregados da Petrobrás.

A FNP também levou para a mesa de negociação pontos relacionados à AMS. Exigiu que a Petrobrás cumpra a liminar contra o desconto do equacionamento. Segundo o RH, este ponto será levado para a mesa de AMS, que ainda vai acontecer. O tema do compromisso da Petrobrás com a ampliação e manutenção da Rede Credenciada foi ressaltado e vale lembrar que é uma obrigação do Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa também se comprometeu em responder este ponto na mesa de negociação sobre o tema.

Outro ponto questionado foi sobre o regramento do teletrabalho. A FNP exigiu que o tema, inclusive com a questão do reembolso das despesas, seja colocado dentro da negociação de ACT e lembrou que a empresa já teve decisões judiciais contrárias a ela, que a obrigaram a reembolsar seus funcionários em bases da Federação.

Por fim, a FNP exigiu que a empresa abra negociação sobre as transferências e a movimentação de seus empregados, inclusive, para discutir a situação dos cedidos que retornaram à Petrobrás.

Sobre o banco de horas, a FNP exigiu a retomada da negociação e a empresa se comprometeu em marcar uma reunião sobre este ponto específico.

Vale lembrar que na segunda-feira (07/02), a FNP mandou um ofício para a empresa em que elencou 10 pontos para serem debatidos, dentre eles, assuntos relacionados às unidades pertencentes as bases da FNP, além de temas como benefícios, reembolsos, direitos dos brigadistas, academia, auxílio e outros.

Agora, é importante que a categoria acompanhe o debate nos sindicatos. O cenário atual é bem diferente do que enfrentamos na última negociação de ACT. A empresa teve lucro líquido de R$ 31,14 bilhões no terceiro trimestre 2021, contra prejuízo líquido de R$ 1,55 bilhão no mesmo período de 2020. Sem mencionar na farra dos acionistas, que ao antecipar a distribuição de dividendos, a empresa terá pago um total de R$ 63,4 bilhões a eles. Por isso, o momento exige organização e unidade da categoria para combatermos o desmonte da Petrobrás e defender nossos direitos!

Fonte: FNP