Dia dos Aposentados é dia de lembrar que aposentadoria não é favor, mas uma conquista e deve ser valorizada

24 de janeiro

24 de janeiro é dia dos aposentados e aposentadas, mas ainda há o que se comemorar? A realidade do povo brasileiro e em especial dos aposentados está a cada dia pior. O atual governo tem sido um verdadeiro inimigo de quem trabalhou a vida toda e merecia descanso. 

Segundo dados da Secretaria da Previdência Social de cada três aposentados, dois ganham um salário mínimo. Um estudo recente elaborado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) atestou que mais de um terço das pessoas acima de 60 anos que já estão aposentadas continuam trabalhando. O principal motivo para a permanência no mercado de trabalho é a necessidade de complementar a renda. Para 46,9% dos entrevistados, a aposentadoria não é suficiente para pagar as contas e despesas pessoais.

A reforma da Previdência, um tremendo “pacote de maldades”, trouxe mudanças na forma de definir a quantia que cada trabalhador irá receber na aposentadoria. O benefício é calculado com base na média de todo o histórico de contribuição – na regra de antes da reforma, 20% dos salários (os mais baixos) são desprezados da conta.

Para ter direito ao valor integral os trabalhadores devem contribuir por 40 anos. Na prática, o trabalhador e a trabalhadora terão que trabalhar muito mais tempo, além do limite da idade mínima, para ter direito ao valor integral.

Um estudo elaborado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atesta que o Brasil conta com 30,7 milhões de aposentados. Os dados, tabulados em 2019, mas que foram divulgados em 2020, ainda demonstram que a aposentadoria e pensão representam 20,5% dos rendimentos da população brasileira.

Os petroleiros também não “escapam” dessa triste realidade. Com os benefícios defasados graças há anos sem aumento real, um equacionamento absurdo, Petros com uma dívida exorbitante que poderia ser amortizada se a Petrobrás pagasse o que devesse, benefício farmácia ineficiente, aumento da margem consignável, e um convênio médico “respirando por aparelhos”, eles têm visto os orçamentos familiares a cada dia mais escassos.

O Dia Nacional dos Aposentados deve ser lembrado também como um dia de luta para que novos ataques possam ser barrados e que a camada dos aposentados foi a mais sacrificada entre os trabalhadores.

 Fonte: Diário do Grande ABC, Parceiros do Futuro, Fasubra