Dezembro Vermelho marca a luta pela prevenção do vírus HIV/AIDS e doenças sexualmente transmissíveis

Saúde

O Dezembro Vermelho é uma campanha nacional, instituída pela Lei nº 13.504/2017, que promove a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis. O mês dá sequência às ações do Dia Mundial contra a Aids, celebrando desde 1988 no mundo todo em 1º de dezembro.

O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de Aids.

O Ministério da Saúde alerta que a Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana. Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. A única arma contra a doença é a prevenção. O uso de preservativos em todos os tipos de contatos sexuais, tanto femininos quanto masculinos, é acessível e extremamente eficaz para se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a gonorreia e também alguns tipos de hepatites.

A sífilis virou também uma epidemia. Em 2010 foram contabilizados 3.925 casos para 152.915 em 2019, principalmente na faixa de idade entre 20 e 39 anos. Os dados foram divulgados ano passado pelo Ministério da Saúde.

Em dezembro de 2020 o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, divulgou que cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral (medicamentos) e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável (intransmissível). No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.919 novos casos de HIV e 37.308 casos de Aids. A maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e 48,4% entre as mulheres.

É importante destacar que ter HIV não é o mesmo que ter Aids, pois há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. O vírus pode ser transmitido “a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.”

Uma vacina contra a Aids vem sendo testada em animais e tem apresentado resultados promissores. A vacina atua fornecendo instruções genéticas ao corpo, provocando a criação de duas proteínas características do vírus. Estas se agrupam em pseudovírus (VLPs) específicos, simulando uma infecção para induzir uma resposta do sistema imunológico. Outro avanço na área é a Anvisa aprovou um novo tratamento contra o HIV onde é utilizado apenas um comprimido com dois antirretrovirais e pode ser prescrito para adultos e adolescentes acima de 12 anos com pelo menos 40 kg. Isso simplifica o tratamento e aumenta a adesão dos pacientes. o novo medicamento reduz a quantidade de HIV no organismo, mantendo-a em um nível considerado baixo.

Com informações do Ministério da Saúde, Governo de São Paulo, Uol, Diário do Nordeste, TER-SE e telelab.