Bolsonaro reafirma que quer “se livrar” da Petrobrás, e gasolina atinge o maior valor do século

Alerta

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a repetir no sábado (6/11) que o governo estuda alguma forma de privatizar a Petrobrás. Em discurso a apoiadores após uma motociata na cidade de Ponta Grossa (PR), o presidente afirmou que deseja “se livrar” da estatal, segundo O Globo.

Bolsonaro argumenta que apesar de não poder interferir na forma como a estatal define os preços, ele é responsabilizado pela população pelos aumentos.

“Sabemos da inflação, aumento de combustível. Sabemos da Petrobrás, é independente, infelizmente. E nós estamos buscando uma maneira de ficar livre da Petrobrás. Fatiar bastante, quem sabe partir para uma privatização”, disse Bolsonaro.

Na sexta (5/11), a Petrobrás informou que consultou os ministérios da Economia e de Minas e Energia e que ambos negaram a existência de qualquer estudo ou plano para privatizar a empresa

Desde 2011, a Petrobrás já se desfez de 80 ativos, como campos de petróleo, refinarias e gasodutos, mas pouco mudou em sua posição dominante no setor. Responde pela operação de 92% da produção de óleo e gás, 98% do refino e entre 80% e 85% do abastecimento de gasolina e diesel, aponta também O Globo.

Segundo o jornal, a presença maciça da Petrobrás e obstáculos técnicos e regulatórios para ampliar a competição no setor dificultam um alívio em preços como os dos combustíveis em momentos de alta do petróleo no mercado global, como agora.

E novamente a ANP verificou aumento de preços nos postos, de acordo com seu levantamento semanal, aponta o Valor. Com isso, a pressão sobre a inflação deve se acentuar em novembro.

O litro da gasolina aumentou 3,15% na semana passada, para R$ 6,562. Em outubro, atingiu preço médio de R$ 6,341, o patamar mais alto deste século, tanto em valores nominais quanto ajustados à inflação, segundo o monitor de preços do Observatório Social da Petrobras (OSP), entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). A alta nos postos já chega a 45,3% no ano.

O diesel S-10 subiu 4,8% nos postos, para um valor médio, na bomba, de R$ 5,29. No ano, acumula aumento de 42,3% nas bombas. Em outubro, o valor médio do litro vendido nos postos foi de R$ 5,096, segundo a ANP, valor mais alto desde 2012, quando o produto começou a ser vendido no Brasil, aponta o OSP.

O aumento do etanol hidratado nas bombas chega a 59,3% no ano. Enquanto o gás natural veicular (GNV) acumula alta de 33,1%.

PetroRio negocia Albacora e Albacora Leste A PetroRio anunciou na sexta (5/11) que, em consórcio com a Cobra, foi escolhida pela Petrobráas para participar de negociações exclusivas para os termos finais de compra e venda dos campos de Albacora e Albacora Leste, em águas profundas da Bacia de Campos.

Em setembro, a Petrobás anunciou que recebeu ofertas dos consórcios PetroRio e Cobra e EIG Global Energies Partners, Enauta e 3R Petroleum. A estatal estimava que as propostas podiam superar US$ 4 bilhões para ambos os campos.

Albacora começou a produzir em 1987, e a venda inclui duas plataformas de produção e processamento, a semissubmersível P-25 e o FPSO P-31. Já Albacora Leste começou a produzir em 2006 a partir do FPSO P-50, que ficou marcada como a plataforma da autossuficiência do Brasil em petróleo.

Petrobrás conclui venda de participação em geradoras 
A Petrobrás concluiu na sexta (5/11) a venda de suas participações acionárias de 20% na Termelétrica Potiguar (TEP) e de 40% na Companhia Energética Manauara (CEM) para a Global Participações Energia (GPE).

A operação foi concluída com o pagamento de R$ 155,6 milhões à Petrobras, já com os ajustes previstos nos contratos, sendo R$ 79,4 milhões pela TEP e R$ 76,2 milhões pela CEM.

A TEP é uma holding controlada pela GPE, detentora de 80% do seu capital social, e possui participações societárias diretas na Areia Energia e Água Limpa Energia, proprietárias de PCHs localizadas em Tocantins, com capacidades instaladas de 11,4 MW e 14,0 MW, respectivamente.

A TEP ainda detém 60% do capital social da CEM. Esta possui uma termelétrica a gás natural no Amazonas, com 85,4 MW de capacidade instalada.

Importações de petróleo da China caem a níveis de 2018 Em outubro, as importações de petróleo pela China caíram para o seu nível mais baixo desde setembro de 2018. Grandes refinarias estatais retiveram as compras devido ao aumento dos preços, enquanto as refinarias independentes foram restringidas por cotas limitadas.

Segundo dados da Administração Geral das Alfândegas, a China comprou 37,8 milhões de toneladas de petróleo (8,9 milhões de barris por dia) no mês passado, ante 9,99 milhões de bpd em setembro e 10,02 milhões de bpd em igual mês de 2020.

De janeiro a outubro, as importações totalizaram 425,06 milhões de toneladas, ou 10,21 milhões de bpd, queda de 7,2% com relação ao ano anterior. CNN Brasil

Fonte:  EPBR