Prefeito de Itanhaém pleiteia retorno da Petrobrás às atividades no aeroporto Dr. Antônio Ribeiro Nogueira Júnior

Economia

A Prefeitura de Itanhaém está participando de diversas reuniões, inclusive em conjunto com o governo do Estado, para que a Petrobrás retome as atividades no aeroporto Dr. Antônio Ribeiro Nogueira Júnior. "Acredito na possibilidade real da volta das operações offshore à nossa região", afirmou o prefeito, do I Fórum Empresarial e Turístico de Itanhaém, realizado na última quinta-feira (25) na Câmara Municipal. Até o próximo ano, a previsão é de que o aeroporto já esteja em pleno funcionamento.

Na visão do chefe do Executivo, a Cidade tem potencial para o desenvolvimento econômico aliado ao turístico e novos investimentos são fundamentais no equipamento que está sob a administração do consórcio Voa São Paulo desde de novembro de 2017.

"O aeroporto terá todas as condições de segurança de voo, além de novas tecnologias adequadas. A cidade oferece a contrapartida com a infraestrutura turística e a legislação atualizada. Além de ter potencial para voos comerciais e executivos, o local talvez seja a melhor opção para receber as operações offshore. Temos a ligação a ligação do sul do País com o Porto de Santos", completou.

Marco Aurélio defendeu ainda a importância do fortalecimento regional. "Entendemos que existe um certo preconceito, de uma forma geral, em relação aos grandes investimentos, sempre puxados para os grandes núcleos da região metropolitana da Baixada Santista".

O presidente do consórcio Voa São Paulo, o coronel Marcel Moure, explicou que no primeiro ano, em 2018, sob a administração do consórcio, foram realizados alguns ajustes necessários na infraestrutura de cinco aeroportos do Estado de São Paulo.

Em Itanhaém, segundo ele, foi necessário substituir as cercas de acesso ao aeroporto para garantir a segurança e, em paralelo, obras na recuperação da pista principal. Também na próxima semana, serão iniciadas as obras de recuperação nos dois terminais - de passageiros e no que foi usado pela Petrobras.

"Já estamos em negociação com algumas companhias aéreas, como a Azul Linhas Aéreas, para criar linhas comerciais e regionais". Moure afirmou ainda que, conforme a demanda, já há estudos para aumentar a pista, passando de 1350 para 1.500 metros.

"Hoje a pista principal já tem condições de operar de quatro a cinco aeronaves ao mesmo tempo".

Os dois terminais conseguirão receber aeronaves executivas e de operações offshore. Em Itanhaém, o aeroporto poderá receber voos com instrumentalização. "Temos a pista e os terminais prontos e as viaturas do Bombeiros também já estão no local, só falta trazer os bombeiros", completou.

Ao longos os 30 anos, segundo o coronel Moure, os investimentos para o aeroporto de Itanhaém serão na ordem de mais de R$ 10 milhões.

O presidente da Voa SP aposta que a partir de 2020, a estatal já esteja de volta com as operações offshore no aeroporto de Itanhaém.

"Ao analisarmos a forma operacional e logística, será mais vantajoso para todos o retorno das operações da Petrobras. Até o próximo ano, o aeroporto já estará em funcionamento", concluiu.

O secretário executivo de Turismo do Estado, Marcelo Lima Costa, destacou alguns planos para o investimento no turismo regional.

"Pretendemos investir na infraestrutura do turismo, no desenvolvimento do produto turístico e fazer muita promoção. Na cidade já existem diversos atrativos turísticos, mas eles precisam se transformar em produtos turísticos para que sejam comercializados".

E ainda investimentos na qualificação da mão de obra, que segundo ele, ocorrerá por meio de consultoria e em conjunto com diversos parceiros, com recursos da Dadetur, do governo do Estado.

Situação atual
O aeroporto de Itanhaém Dr. Antonio Ribeiro Nogueira Júnior possui, hoje, uma pista de 1.350 metros. O aeroporto, que vinha sendo administrado pelo governo do Estado em operação conjunta com o Departamento Aéreo do Estado de São Paulo (Daesp), foi concedido à iniciativa privada em novembro de 2017.

Atualmente o consórcio Voa São Paulo, que venceu a licitação da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), em 2017, é quem administra o aeroporto por um período de 30 anos.

O consórcio também gerencia os aeroportos Comandante Rolim Adolfo Amaro (Jundiaí), Gastão Madeira (Ubatuba), Campo dos Amarais (Campinas) e o Arthur Siqueira (Bragança Paulista).

Com o fim dos voos da Petrobrás, em abril de 2018, que transportava os funcionários e terceirizados da estatal para as plataformas de Merluza e Mexilhão, na Bacia de Santos, o prejuízo foi grande para a cidade.

As operações da Petrobrás passaram a ser feitas no aeroporto de Jacarepaguá, no estado do Rio de Janeiro.

Além de hotéis e pousadas, restaurantes, também o setor de transportes como táxis e fretamentos sentiram o fim das operações offshore.

Participaram do evento lideranças políticas da região, vereadores, empresários e entidades do município.

Fonte: Diário do Litoral

Foto: Divulgação/Katia Doenz