Sindipetro-LP se solidariza à luta dos caminhoneiros, em greve contra o PPI, atacados pela PM

Contra o aumento dos combustíveis

O Sindipetro-LP se solidariza com luta dos caminhoneiros, que desde a meia-noite, começaram uma greve, contra os aumentos do diesel e outras pautas, mas foram duramente atacados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, com gás de efeito moral. A mobilização acontece na entrada do porto de Santos, no retão da Alemoa, sem bloqueio da estrada.

A truculência da PM acontece de forma desproporcional à manifestação dos caminhoneiros, que pacificamente tentam conversar com os motoristas que chegam, tentando convencê-los a apoiar o movimento e entrar em greve. A polícia quer fazer valer a liminares conseguidas pela Ecovias e outra pela administração do Porto, para que os caminhoneiros não se aproximem do Porto de Santos em um raio de 500 metros do porto. A liminar, emitida pela Justiça Federal, estabelece ainda multa de R$ 10 mil para os autônomos e de R$ 100 mil para empresas, por dia parado.

Mais uma vez a Justiça e governo tentam interferir no direito legítimo de greve de uma categoria que vem sendo desrespeitada há anos, com sucessivos aumentos dos combustíveis e retirada de direitos, responsáveis por abastecer o país.

Além de protestarem contra o aumento do diesel, os caminhoneiros querem tornar constitucional o piso mínimo do frete e o retorno da aposentadoria especial da categoria, com tempo de contribuição de 25 anos na profissão.

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista apoia a manifestação dos caminhoneiros e manifesta solidariedade ao movimento. O que está posto pelo governo Bolsonaro é uma ação deliberada de manutenção do Preço de Paridade de Importação (PPI) com o objetivo de empobrecer cada vez mais a população, repassando os lucros de uma empresa de economia mista, cujo maior acionista é o povo brasileiro, para acionistas, em sua maioria estrangeiros, acenando agora como única solução para o problema a privatização da Petrobrás.

Lembremos que sem a Petrobrás estaríamos totalmente dependentes de petróleo e seus derivados, tendo que importar a matéria-prima extraída do país e em abundância, mas que está sendo saqueada por empresas internacionais, isenta de impostos. Também temos 11 refinarias (eram 13, duas foram privatizadas), que poderiam estar operando com produção a 100%, barateando o custo que poderia ser repassado ao consumidor, alavancando a economia, as indústrias e baixando os preços dos transportes e alimentos e ainda gerando milhares de empregos diretos e indiretos.

Todo apoio à greve dos caminhoneiros!