Vamos para as ruas contra as privatizações, em defesa da Saúde, da vida e por nossos empregos!

Luta

O elevado número de mortes por covid-19 (quase 600 mil vidas perdidas para o vírus), avanço da privatização sobre a Petrobrás, Correios, Eletrobrás e outras empresas estatais são motivos suficientes para que toda a categoria petroleira se volte contra o governo Bolsonaro.

Recebemos no Litoral Paulista, quase que diariamente, companheiros vindos de outras regiões do Brasil em que o processo de privatização já foi ou está sendo concluído. São trabalhadores e trabalhadoras que tiveram que escolher entre manter a vida que levavam em suas cidades, cercados de amigos e parentes, porém desempregados, ou começar a vida novamente em outro estado, deixando para trás toda uma história, que sabemos, não é fácil de escrever.

Para quem acha que estamos sendo poupados da privatização, o que vem acontecendo em nossas bases dão conta de que o processo está em pleno andamento. 

Existe um padrão privatista muito claro e fácil de ser identificado em nossas bases. O processo começa mais ou menos da mesma forma e sequência, com o sucateamento de equipamentos e instalações; passa pela queda na qualidade dos serviços, aumento de custos de produção, causados pelo sucateamento; com a justificativa de baixar os custos, os salários são achatados, direitos são retirados; segue com a “demissão voluntária” de funcionários mais antigos, depois dos descontentes; para suprir o déficit de mão de obra a empresa abre espaço para a terceirização de setores, aproveitando ainda, muitas vezes, a mão de obra própria para treinamento dos que irão substituí-los. Seguindo esses passos, está aberta a avenida para a privatização

Foi assim com a BR Distribuidora; foi na PBIO em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia; está sendo em Pilar e Furado, unidades Petrobrás em Alagoas; na RLAM, na Bahia; e é como está acontecendo na RPBC, com anúncio da empresa de terceirizar a operação da ETA e do ETDI, o laboratório e segurança; na Alemoa e Tebar, com a redução do quadro de operadores; na UTGCA, com terceirização de setores; no Valongo, com a transferência de profissionais para o Rio de Janeiro e a lista continua, com ataques em todas as unidades.

Para quem está na Petrobrás e defende a privatização, achando que assim serão gerados mais empregos, ou que paguem mais, é realidade que os trabalhadores terceirizados, contratados como próprios por empresas como BR Distribuidora, têm assumido as funções de quem saiu pelos PIDVs recebendo salários menores do que pagos por empresas terceirizadas da própria BR. 
Bolsonaro não está para brincadeira e já é o presidente que mais privatizou em seu governo. Além dos já citados, o governo também entregou a Transportadora Associada de Gás (TAG), Liquigás, refinaria de Pasadena, as Fafens, campos maduros do Nordeste, plataformas de águas rasas, Rlam e negocia ainda sete outras refinarias. 

A privatização de empresas estatais é pauta defendida também por muitos dos deputados e senadores, que mantém Bolsonaro no governo para que faça ainda as reformas que tanto esperam, como a Administrativa (PEC 32) e Tributária (PEC 110). O “passar a boiada” segue a toque de caixa, pois o cerco a Bolsonaro cada vez mais se aperta. 

Defender o impeachment é fundamental para a saúde física e econômica do brasileiro e para preservar os empregos na Petrobrás. Trabalhadora e trabalhador petroleiro, participe dos atos Fora Bolsonaro nas ruas, declare seu apoio pelo impeachment, paremos as máquinas contra a privatização!

São muitos os motivos que fazem com que os petroleiros se insurjam contra o governo Bolsonaro. Assim como em 1995, quando a histórica greve de 32 dias (33 na RPBC) impediu a privatização da Petrobrás, os petroleiros estão novamente no mesmo ponto da história em que os lados se formaram. Ou nos mobilizamos para tirá-lo, ou não teremos pelo que lutar.