Julho Amarelo: mês para pedir licença a Covid-19 e falar um pouco sobre as hepatites virais

Grupo Esperança

Por Jeová Pessin Fragoso é aposentado da RPBC, teve Hepatite C evoluída para cirrose e fez transplante de fígado em 2014, fundador e presidente do Grupo Esperança.

A Hepatite, doença que já ceifou a vida de milhares de pessoas, entre essas, também petroleiros, que raramente produz sintomas e quando isso acontece já apresenta uma grave forma evolutiva como, por exemplo, a cirrose e o câncer de fígado.

Atualmente pessoas, de qualquer idade, podem ser vacinadas contra a Hepatite B, que é uma doença sexualmente de alta transmissão. A vacina está disponível nas UBS de todas as cidades da região.

A Hepatite C não tem vacina. O importante é saber como se prevenir. Além disso, é importante também fazer o teste de detecção da enfermidade, pois caso esteja infectado, mesmo não apresentando sintomas, é necessário interromper a evolução da doença preservando assim a qualidade de vida e a própria vida.

Por mais de uma década, a única terapia que utilizava injetáveis, no combate à doença, trazia muitas reações adversas. Em alguns não podiam ser tratados com essas drogas devido a terem outras doenças que restringiam, ficando assim, à mercê da grave forma evolutiva da doença.

No ano de 2015 a ciência descobriu tratamentos eficazes com mais de 95% de chance de cura. O tratamento tem duração, em média, de 12 semanas e é feito por via oral. O mais importante é que não há efeitos colaterais sendo bem diferente dos anteriores ao ano de 2015.

Embora a transmissão seja feita através de sangue contaminado, a propriedade do vírus ser transmitido para outra pessoa até 72h fora do organismo humano. O vírus está presente em atitudes corriqueiras do dia-a-dia, como em qualquer objeto perfurocortante compartilhado, como alicate de cutícula, aparelho de barbear, cortador de unha, entre outros instrumentos utilizados no segmento de beleza e estética quando não esterilizados adequadamente. Isso exige equipamentos especiais o que significa que apenas que higienizar com álcool, água e sabão e outros produtos que produz nenhuma eficácia para eliminação do vírus. O vírus é tão agressivo que sobrevive até mesmo na tinta de tatuagem.

Embora não seja nexo causal, a exposição das pessoas infectadas com os vírus B e C sofre uma evolução mais rápida da doença caso haja exposição à produtos hepatotóxicos.

O “Julho Amarelo” foi criado como um mês que faz alusão à prevenção, tratamento e controle das hepatites virais. O período foi uma reinvindicação do Grupo Esperança, que é uma Organização Não Governamental (ONG) apoiada pelo Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista e que existe  há mais de 20 anos. A instituição foi fundada e é dirigida por Jeová Fragoso, petroleiro aposentado da RPBC.

"Julho Amarelo" foi pioneiramente instituído como Lei Municipal na cidade de Santos, por autoria do diretor técnico e então vereador Dr. Evaldo Stanislau, em 2016. Em 2019 virou Lei Federal, também com interferência direta do Grupo Esperança que organizou o pleito com associações de pacientes de todo o país e integrantes do Movimento Brasileiro de Lutas contra as Hepatites Virais – MBHV.

Neste ano, em Santos, no mês de julho, vários equipamentos públicos e privados estarão com a cor amarela em alusão às hepatites virais como, por exemplo, o Viaduto Paulo Gomes Barbosa, na entrada da cidade, a Praça das Bandeiras e Av. Ana costa até o trecho da Praça Independência, a Pinacoteca Benedito Calixto e o prédio da OAB, além de outros locais que estão sendo confirmados. Além disso, outros tipos de iniciativa de divulgação como outdoors e cartazes a exemplo dos colocados nos muros e grades do hospital da Beneficência Portuguesa.

A sede Grupo Esperança fica no prédio do Sindipetro-LP, desde sua fundação em 1999, e Jeová, o “Fragoso” como é conhecido pelos trabalhadores da Petrobrás atribui grande parte do reconhecimento como utilidade pública municipal, nacional e até mesmo internacional da entidade ao apoio de estrutura dado pelo Sindicato.

HEPATITE B, VACINAR PARA PREVENIR.

HEPATITE C, TESTAR, TRATAR E CURAR.

Faça o teste na unidade de saúde de sua região ou peça a sorologia das Hepatites B e C para seu médico na próxima consulta.