Semana fecha com mobilizações em apoio a greve dos trabalhadores da PBIO e das unidades da Petrobrás, em Alagoas

Bases do Sindipetro-LP


Mais uma semana de desafios e luta para a Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista. No último sábado, 29 de maio, os dirigentes participaram de atos, que ocorreram em todo o pais, contra a política genocida do governo Bolsonaro. Em Santos, mais de três mil pessoas participaram de um grande ato em frente à Estação Cidadania com cartazes, faixas e muita indignação contra a postura do governo federal, que tem dificultado a compra de vacinas, promovido aglomerações e apresenta um auxílio emergencial insuficiente e sem alcance a todos os brasileiros que precisam. No Litoral Norte, as mobilizações pelo 29M #ForaBolsonaroEMourão aconteceram na Ilhabela e em Boiçucanga, em São Sebastião.

A categoria petroleira participou dos atos e a diretoria do Sindipetro-LP aproveitou a mobilização para distribuir adesivos e divulgar a campanha “Petrobrás para os Brasileiros”, uma iniciativa da FNP e sindicatos para dialogar com a sociedade sobre a importância da Petrobrás para o país. Os atos contaram com a participação de movimentos sociais, estudantes, sindicatos e pessoas de toda a baixada santista por #ForaBolsonaroEMourão.

No mesmo dia foi feita nova distribuição de cestas básicas. Os moradores da Vila Áurea, em Guarujá, foram beneficiados pela campanha promovida pela Frente solidária Operária. Desde que foi dado o pontapé inicial a campanha já beneficiou famílias do Morro de Índio, do Bolsão 9 e da Vila dos Pescadores, em Cubatão, das comunidades da Bela Vista, dos amigos e resistência, localizadas nos morros de Santos e do bairro Jardim Tarumã e Pegorelli, em Caraguatatuba.

A distribuição dos alimentos tem sido um sucesso graças ao empenho da categoria petroleira que vem somando forças para que mais famílias sejam beneficiadas.

Na segunda-feira (31), teve início uma rodada de mobilizações nos turnos da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), e UTE-EZR, em Cubatão, em apoio aos trabalhadores da Petrobrás Biocombustível (PBIO), em greve pela incorporação de todos à holding, e aos trabalhadores do polo de Pilar e Furado, que entraram em greve hoje contra a venda dessas e outras cinco unidades em Alagoas (Anambé, Arapaçu, Cidade de São Miguel dos Campos, Paru e São Miguel dos Campos).  Os atos também homenagearam os trabalhadores vítimas do coronavírus, e lembrou a morte do petroleiro, operador e cipeiro, Antonio Carcavalli, que no último domingo (30) completou um ano de seu falecimento vítima de covid-19 e da negligência por parte da atual gestão da Petrobrás.

No dia 1º de junho a diretoria do Sindipetro Litoral Paulista, que recebeu 14 novos membros, tomou posse. A gestão será até 2024 e começa com enormes tarefas. Os dirigentes, juntamente com a categoria, terão que lidar com a privatização do Sistema Petrobrás, a redução drástica de efetivo que vem acontecendo por sucessivos PIDVs cujo único objetivo é facilitar ainda mais a política de desmonte da empresa. Atrelado a isso, tem a terceirização desenfreada, fechamentos de postos de trabalho dos petroleiros concursados. Além disso, será necessária uma grande força-tarefa para cobrar da empresa algumas demandas específicas, dentre elas todos os problemas envolvendo as medidas ineficazes e tardias de contenção a propagação do coronavírus nas unidades do Litoral Paulista, o fim do teletrabalho sem planejamento e vacinação, a nova gestão do plano de saúde da categoria que vem acabando com o orçamento dos beneficiários e o rombo na Petros.

Em paralelo a isso, semanalmente, de terça a quinta-feira, membros da Diretoria também realizam trabalho de base no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O local atende os trabalhadores e trabalhadoras das plataformas de Mexilhão, Merluza, P66, P67, P68, P69 e P70. A reunião dos dirigentes do Sindipetro-LP e com os membros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também acontece todas as semanas e servem para alinhar a diretoria frente aos embates diários.

O Sindipetro-LP, através do diretor, Adaedson Costa, esteve também percorrendo as unidades da Petrobrás, em Alagoas, apoiando a greve dos trabalhadores que teve início no último dia 31 de maio. A paralisação foi deflagrada depois da implementação de uma terceirização predatória, somada a uma série de práticas de assédio moral, para impor, a qualquer custo, a transferência de atividade-fim para empresas terceirizadas.

Nesta sexta-feira (04), os cinco sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) realizaram um Dia Nacional de Mobilização em todas as suas bases, em apoio à greve da estação de Pilar e Furado em Alagoas e da Petrobrás Biocombustível, na Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As mobilizações no Litoral Paulista aconteceram também na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, e Terminal Alemoa, em Santos.

Em Alagoas, o estopim da greve foi a aplicação de uma sequência de punições relativas a recusa dos trabalhadores contra a exigência da Petrobrás em obrigá-los a treinar os terceirizados, a fim de substituir mão de obra concursada por terceirizada. O principal objetivo desta prática ilegal seria reduzir os custos operacionais.

A greve na Petrobrás Biocombustível é pela incorporação dos trabalhadores da subsidiária à Petrobrás. A PBIO está em processo final de privatização e os trabalhadores foram colocados na negociação. Um terceiro ponto das mobilizações foi apresentar a campanha "Petrobrás para os Brasileiros", importante ferramenta para conscientizar a população contra o desmonte do sistema Petrobrás, que avança a passos largos no governo Bolsonaro. Por fim os petroleiros repudiaram a demissão arbitrária do diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Alessandro Trindade, por ter distribuído cestas básicas no Campo dos Refugiados, que fica em um terreno em desuso da empresa, em Itaguaí.

A luta prossegue!