Graças às mobilizações
Aquela velha máxima: “sem luta não há conquista” provou ser uma grande verdade para os trabalhadores da G&E Engenharia. Depois de quase uma semana mobilizados e da pressão por parte dos sindicatos dos petroleiros, da construção civil e comissão dos desempregados, os trabalhadores da contratada poderão respirar aliviados.
O Tribunal Regional do Trabalho estabeleceu o prazo até o próximo dia 24 (segunda-feira) para que a gata explique o atraso no pagamento das dívidas trabalhistas de 90 trabalhadores e a não quitação das rescisões contratuais de outros 145. A empresa também não pagou o vale-alimentação dos que ainda estavam na ativa e dos demitidos, que aguardam a liberação do FGTS.
Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos) ainda aguardam o parecer Ministério Público do Trabalho (MPT). A gerência da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, também foi intimada pelo órgão para se manifestar sobre a situação. A unidade também foi arrolada no processo como corresponsável pelas irregularidades trabalhistas cometidas pela G&E Engenharia. Segundo informações fornecidas pelos representantes do Sintracomos, a G&E e a unidade da Petrobrás podem ser obrigadas a pagar os débitos e também as multas por descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e da legislação sobre rescisões as contratuais.
O Sintracomos recorreu às duas instâncias da justiça na última segunda-feira (17), diante da intransigência da empresa que desde o dia 11 de maio não fornecia transporte para a força de trabalho.
O desfecho da situação dos trabalhadores da G&E Engenharia deve servir de exemplo tanto para as próximas empresas que entrarem no Sistema Petrobrás quanto a atual gestão da empresa. As obrigações trabalhistas devem ser cumpridas e nada vai ficar impune enquanto houver a união e a disposição de luta da força de trabalho.
Com informações do site Mais Santos