Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisa eleição do conselho da Petrobrás

Denúncia

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai avaliar a votação que elegeu o novo conselho e, em consequência, a nova diretoria executiva da Petrobrás. O caso foi aberto na Superintendência de Relações com Empresas (SEP), após denúncias do conselheiro Marcelo Gasparino, representante dos minoritários, que renunciou após tomar posse.

— Gasparino formalizou à CVM as reclamações que vinha manifestado publicamente, incluindo diferenças nos boletins de voto à distância publicados em inglês e em português. Segundo o advogado, os investidores foram induzidos ao erro.

— A CVM não tem poder para anular a votação. Um grupo de acionistas minoritários da Petrobras deve encaminhar nos próximos dias pedido de convocação de nova assembleia para escolha do colegiado. Valor

— Na situação atual, a União tem sete dos 11 nomes do conselho; três são indicações dos minoritários e Rosângela Buzanelli representa os trabalhadores. Gasparino renunciou em protesto contra a “falta de transparência” na escolha dos conselheiros.

Cinco grandes processos de arbitragem envolvendo a Petrobras e investidores que buscam ressarcimento pode chegar a R$ 60 bilhões. Os casos incluem tanto investidores nacionais, quanto estrangeiros e vieram na esteira da Operação Lava Jato.

— Um argumento comum às cinco queixas é que a Petrobras não teria sido transparente sobre dois temas: a situação de suas operações e a qualificação de seus executivos. Além disso, os representantes dos investidores alegam que a estatal teria divulgado informações falsas ao mercado. 

Fonte: EPBR