Por lambança gerencial, petroleiros das plataformas ficam sem almoço

Prato vazio

A desorganização e a falta de humanidade por falta da Equipe de Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) e do Geplat afetou em cheio o estômago dos petroleiros das plataformas que não embarcaram por conta do mau tempo.

Na última quarta (21), como sempre é feito, os embarcados tomaram café da manhã às 6h30 e foram para o aeroporto de Jacarepaguá. Os voos partiram rumos às unidades, mas tiveram que voltar porque o mar estava batendo muito. Os helicópteros chegaram ao aeroporto às 13h30.

No hotel a única preocupação era acomodar os trabalhadores e ninguém se manifestava sobre servir o almoço. A situação foi se estendendo e somente às 16h um lanche foi distribuído e às 18h serviram o jantar. O pior de tudo é que teve petroleiro que só jantou às 19h30, ou seja, mais de 12h de jejum forçado. Uma barbaridade!

A chefia da empresa tem que ser mais organizada e parar de jogar nas costas da categoria as lambanças que cometem. Se não há voo e os trabalhadores estão confinados à disposição da empresa o mínimo que deve ser feito é deixar tudo organizado para que ninguém passe por apuros como esses. Os gestores sabiam às 12h30 que ninguém ia embarcar, mas preferiram, como sempre, “empurrar com a barriga” e ver no que dava. Afinal, não eram eles que estavam com fome.

A situação dos embarcados chegou a seguinte máxima: se não morrem contaminados pela Covid-19, morrem de fome. O Sindipetro-LP exige que seja feito um planejamento mínimo para esse tipo de situação porque cancelamento de voo, em decorrência de mau tempo, é uma situação corriqueira na rotina da UN-BS.