Por falta de efetivo, gerência do CRA ordena que supervisor abandone três unidades para operar uma planta

Descaso na RPBC

O Sindipetro-LP recebeu denúncia e apurou o descumprimento do O&M na refinaria, praticado pela gerência, dessa vez no PR/CRA. A situação foi descoberta após a unidade de tratamento das águas ácidas da UFCC entrar em emergência e tripar. Devido ao número reduzido de operadores na refinaria foi necessário chamar o supervisor do turno para dar apoio à emergência, mas ninguém atendia ao rádio. Após várias tentativas de contatá-lo, inclusive chamando o cotur, somente cerca de uma hora depois, conforme apurado pelo sindicato, os operadores foram surpreendidos pela informação de que o gerente do PR/CRA ordenou que o supervisor responsável pela UFCC, UGAV e URCA abandonasse a supervisão das três unidades para unicamente operar a reforma catalítica.

Apesar do evento ter acontecido na terça-feira (9), o sindicato também descobriu que essa situação está acontecendo quase todos os dias. O caso só se tornou público porque mediante uma emergência o supervisor estava fora de seu posto, sendo usado para encobrir a falta de efetivo e evitar dobras. Isso demonstra que alguns supervisores não valorizam a própria função que estão exercendo, o que pode até mesmo permitir a extinção de seu cargo futuramente.

Com a diminuição do efetivo, a gerência da RPBC cancelou as férias dos operadores que estavam programadas para este mês. Não bastasse sacrificar o planejamento dos petroleiros, a gerência da PR/CRA agora arrisca com a sorte ao tirar a supervisão de três unidades, somente para evitar a reposição dos operadores e reduzir as dobras necessárias por falta de operadores suficientes.

O Sindipetro-LP está tomando as providências para cobrar da gerência da RPBC a responsabilização dos envolvidos no caso que comprova, mais uma vez, a necessidade de abertura de concursos públicos.