Sem efetivo, SMS extingue um dos grupos do setor e aumenta precarização

Revap

O baixo efetivo em vários setores da Revap, que já vinha sendo denunciado há tempos pelo Sindipetro-SJC, chegou a um nível alarmante no setor de SMS: por falta de trabalhadores, um dos turnos de trabalho foi extinto. Ou seja, o grupo 1 não existe mais.

A situação é grave e evidencia a precarização do trabalho na refinaria, que chegou a um ponto que ameaça a saúde e a segurança dos trabalhadores, justamente no setor que deveria promover a saúde e segurança.

Afinal, a extinção do grupo vai ocasionar sobrecarga de trabalho nos demais trabalhadores que, agora, terão de se desdobrar para cobrir o setor até que a situação seja resolvida.

Situação, aliás, totalmente previsível, já que mesmo após inúmeras aposentadorias e adesões aos seguidos PIDVs (Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário), a empresa não fez nenhuma reposição de pessoal.

O Sindicato também observou que, além da extinção de um dos grupos, os demais estão com a composição mínima permitida, que é de quatro integrantes por grupo, já que o setor conta com dois trabalhadores afastados, em licença médica, e um de férias. Além de outros dois trabalhadores em processo de aposentadoria, que devem se desligar da empresa no próximo período.

Há ainda informações que outros cinco trabalhadores da SMS estão no HA. Mas, nem todos com treinamento para cobrir turno, se necessário.

Ou seja, a coordenação não tem nenhuma mobilidade para remanejar integrantes para recompor os grupos. Uma situação preocupante, que ocorre bem em meio a uma pandemia.

A situação do setor foi discutida entre Sindicato e o RH da Revap, na manhã desta segunda-feira (7). O Sindicato exigiu que a refinaria faça a reposição de efetivo, imediatamente.

“A falta de efetivo é uma denúncia antiga que agora chega a níveis preocupantes. É preciso que isso seja resolvido o quanto antes para que os trabalhadores do setor não sejam ainda mais penalizados. A empresa já foi avisada que, se nada for feito, o Sindicato vai tomar todas as providências administrativas e jurídicas para isso”, disse a vice-presidente do Sindipetro-SJC, Cidiana Masini.

Fonte: Sindipetro-SJC