Em plena pandemia, gestores da UTGCA promovem o caos na unidade

Redução de efetivo

A Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, vem sofrendo, a cada dia, com a redução drástica do efetivo operacional. A situação é grave e mesmo assim não há a menor perspectiva de reposição da mão de obra em curto prazo. Em plena pandemia,  e com a prorrogação da quarentena, decretada pelo governo do Estado até o dia 16 de dezembro, a unidade segue sem qualquer planejamento de efetivo. Isso é uma clara violação às disposições previstas na NR-20 no que diz respeito à segurança do processo.

Há um déficit no quadro operacional pelos mais variados motivos, que vão desde os desligamentos via aposentadoria e PIDV; afastamentos diversos, seja pela necessidade de quarentena, seja por outros motivos relacionados à saúde, até transferências de trabalhadores para outras unidades da empresa, sem permuta, ocasionando uma vacância nos grupos de operadores.

Como se não bastasse toda essa carência de mão de obra, os gestores da unidade se negam a reconhecer a necessidade de reposição do efetivo. Para eles, o que vale é a "produtividade per capita", ou seja, quanto menor for o efetivo, maior será a produtividade "por cabeça", deixando claro que estão dispostos a cumprir as suas metas gerenciais a qualquer custo.

As ausências por motivo de férias também não estão sendo suprido o que acaba deixando os postos de trabalho totalmente desguarnecidos. Essa situação obriga os supervisores, e até mesmo coordenadores, a assumir as funções de técnico de operação.

Diante desse quadro desfalcado a gestão da unidade resolveu aumentar ainda mais o caos na unidade encontrando uma solução milagrosa para "reforçar" a liberação de serviços na área. Eles implementaram a figura do OPMAN (Operador de Manobras), deslocando alguns T.O.s do regime de turno para o regime administrativo, desfalcando ainda mais as equipes que já se encontram bastante reduzidas.

"Além de não resolverem a questão central, que é o déficit do efetivo, acabaram criando mais um problema que é o aumento da exposição dos técnicos durante a pandemia. Enquanto os trabalhadores do regime administrativo, em sua maioria, estão em home office, ou seja, realizando as suas tarefas remotamente, os técnicos de operação serão obrigados à aumentar sua exposição diária já que haverá um aumento da carga horária semanal de trabalho. Não existe lógica para isso." afirma o diretor do Sindipetro LP, Marcelo dos Santos.

A direção do Sindipetro LP já deixou clara a posição dos trabalhadores perante a gerência: não aceitaremos que esse quadro temporário reduzido se torne permanente. Os trabalhadores da UTGCA já demonstraram a sua disposição de luta! Continuaremos mobilizados contra essas medidas gerenciais arbitrárias!

Pela imediata reposição do efetivo! 

Pela realização de concurso público!

 Contra a precarização do trabalho!

 Por segurança e condições dignas de trabalho!