Com evasão da Petrobrás, Macaé e Campos dos Goytacazes podem acabar se tornando “cidades fantasmas”

Sem exploração

Um dos principais campos de produção de petróleo já se encontra em uma onda de decadência que acabou se agravando ainda mais com a chegada da pandemia do coronavirus, a Petrobrás nunca se desfez de tantos campos e plataformas de petróleo como nos últimos dois anos o efeito disso atinge cidades como Macaé e Campos dos Goytacazes.  

Neste ano de 2020, pela primeira vez desde a existência da Bacia de Campos a produção ficou a baixo de 1 milhão de barris de petróleo por dia.

Macaé e Campos dos Goytacazes são as áreas mais afetadas  
O efeito dessa enxurrada de acontecimentos inesperados acaba se tornando visível em cidades como Macaé e Campos dos Goytacazes com vendas de imóveis e placas de alugueis espalhadas por todo lado. A empreendedora Manoela Guedes afirma que antes tinha mais de 10 funcionários com carteira assinada, mas que com a chegada da Pandemia teve que dispensar todos.    

“Servia almoços e lanches em um pequeno espaço que abri no centro de Macaé no ano de 2010, 5 anos depois já começou a crise. Agora tenho que vender bolo em minha casa” Acrescenta Manoela Guedes. A situação em Campos dos Goytacazes chega a ser pior, uma vez que a Petrobras teve que esvaziar um prédio inteiro para cortar gastos em 2019. 

“Se as atividades que envolvem petróleo e gás entram em declínio, a mão de obra acaba indo buscar em outros lugares“, afirma o presidente da associação comercial Leonardo Abreu.  

Efeitos da operação lava-jato  
O professor de economia do instituto UFRJ Iderley Colombini afirma que tudo teve início durante a operação lava-jato e agora estão em contínuo declínio junto a queda da cotação do petróleo e programas de desinvestimento da Petrobras.  

O economista ainda afirma que em nenhum momento da existência da Petrobrás a mesma se desfez de tantas áreas de produção de petróleo como está fazendo desde 2019 e dando continuidade atualmente em 2020.  

Ao todo já foram vendidos seis campos de petróleo integralmente e mais dois parcialmente. Em entrevista a Petrobrás negou o fato de ter diminuído a sua participação no norte fluminense e afirma que “mantém-se em plena atividade” onde atua e pretende renovar para incluir em seu portifólio atividades de maior valor agregado.  

“O nosso plano inclui a instalação de 3 novas unidades na Bacia de Campos, projetos para aumentar ainda mais a produção de petróleo, revitalizar e reorganizar a malha de escoamento”, destacou a Petrobras por meio da sua asseoria de imprensa.

Macaé contesta matéria em jornal de São Paulo
Leitores macaenses se revoltaram com o conteúdo da matéria descrito pela revista pequenas empresas grandes negócios com a afirmativa de que tudo relatado se tratavam de mentiras. Ao afirmar que a Petrobrás nunca se desfez de tantos Campos de produção de petróleo antes leitores relatam uma grande inverdade.

Leitores de Macaé afirmam que a cidade é e continuará sendo o centro das oportunidades e geração de empregos. Francisco Navega, o presidente da associação comercial e industrial de Macaé também contestou a matéria afirmando que mesmo em meio as dificuldades Macaé se trata de uma das cidades com maior arrecadação de investimentos.

“A Reportagem do Estadão foi tendenciosa, reportando somente o lado do desinvestimento. Não fala nada dos vultosos investimentos e riquezas de Macaé, como o Porto do Açu, as Termoelétricas, o aumento da operação logística no Porto da Petrobras, da UPGN do projeto Clima, do Terminal Portuário de Macaé (Tepor)”, e a jornalista suprimiu da reportagem os dois lados de uma mesma moeda”, disse ele.

“Devemos promover o lazer em função dos aeroportos privados, promover a gastronomia e junto a isso as grandes obras de Macaé, principalmente as empresas novas que estão chegando para operarem os poços maduros que a Petrobras vem se desfazendo.” Afirma o presidente da Acim.

Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios